Chefe do tráfico de várias favelas do Rio pinta cidade de Jerusalém no muro de casa

Uma operação realizada por policiais civis identificou, nessa quinta-feira (15), uma das residências do traficante Álvaro Malaquias Santarosa, mais conhecido como Peixão, que comanda o tráfico em várias favelas do Rio de Janeiro. No imóvel, uma das paredes estampava a pintura de uma parte da cidade de Jerusalém. 

Do lado esquerdo da imagem foram representados homens do exército que carregam uma bandeira com a estrela de Davi. A denominada Cúpula da Rocha, encontrada no Monte do Templo, foi pintada no meio da imagem. Já no alto da arte, está escrito "Feliz é a nação cujo Deus é o senhor".

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Os policiais civis encontraram a casa de Peixão vazia e, ao visitar a casa do primo do criminoso, a equipe encontrou um telefone celular, fardamento e um carregador conhecido como "goiabada". Houve troca de tiros quando os profissionais chegaram na favela, mas não há informações sobre feridos.

Segundo o jornal O Globo, os agentes quase conseguiram prender Peixão e o primo, mas eles conseguiram fugir. Quando a polícia saiu da comunidade, segundo os profissionais, os dois saíram do esconderijo e foram rezar nas ruas. 

Peixão é visto como evangélico simpatizante e já foi acusado de praticar intolerência religiosa com religiões de matrizes africanas, chegando a desfazer terreiros e proibir as pessoas de usarem branco nas comunidades que comanda.

Ele é tido como chefe do tráfico das favelas Cidade Alta, Parada de Lucas, Vigário Geral, Cinco bocas e Pica pau, que formam o Complexo de Israel, criado por ele em 2020.

Os policiais prenderam André Pereira de Souza Gomes, que foi identificado como integrante de uma facção criminosa paulista, que é ligada ao criminoso do Rio. André fazia a distribuição de drogas para os criminosos da cidade carioca.

Também foi encontrado um depósito de drogas pelos policiais, onde foram apreendidos sacos de pó branco e de erva seca, pinos contendo pó branco, 75 tabletes de erva seca, 950 trouxinhas de erva sexa, balanças, carregadores de fuzil, munição e radios comunicadores.

A operação teve a participação de policiais civis do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE) e da Cooordenadoria de Recursos Especiais (Core).