Polícia

Ex-perito do IML torna-se réu em processo da ditadura

Memorial da Resistência/ Divulgação
Segundo o MPF, o documento omitiu as causas do óbito, a fim de acobertar os agentes da ditadura  |   Bnews - Divulgação Memorial da Resistência/ Divulgação

Publicado em 03/11/2021, às 19h49   Redação Bnews


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A Justiça Federal de São Paulo aceitou a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) e tornou réu o ex- médico legista José Manella Netto por falsidade ideológica e ocultação de cadáver. Segundo o G1, ele é acusado de omitir em um laudo na década de 60, em que Carlos Roberto Zanirato morreu em consequência de sessões de tortura durante a ditadura militar.

Segundo o MPF, o documento omitiu as causas do óbito, a fim de acobertar os agentes da ditadura. O relatório de Netto, assinado em conjunto com outro médico, reafirmava a versão oficial do governo de que o militante teria cometido suicídio.

"Embora soubessem a identidade de Zanirato, os médicos registraram que a vítima era um desconhecido”, afirma o governo.

Enterrado como indigente e longe dos familiares e amigos, ninguém conseguiu notar as marcas de tortura no seu corpo. 

Para o MPF, a ação dos médicos do Instituto Médico Legal nos documentos acobertaram as circunstâncias em que os opositores do regime ditatorial foram mortos.

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