Polícia

Esquema milionário

Publicado em 02/12/2010, às 07h49   Redação Bocão News


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Na mega-operação da Polícia Federal, batizada de “Reset”, realizada ontem (1º) na Bahia e em mais dois estados, cerca de 200 agentes prenderam 13 pessoas suspeitas de esquema de exploração de máquinas caça-níqueis que faturava cerca de R$ 50 milhões por ano. Além disso, cumpriram 41 mandados de busca, aprendendo equipamentos eletrônicos, documentos, carros e até uma caminhonete carregada de dinheiro usado nas apostas.
Augusto César Requião, Valdemir Acácio Osório, José Luís de Oliveira Simões e Leonardo Reis Almeida, apontados como líderes do esquema milionário, foram presos em endereços nobres de Salvador como Corredor da Vitória, Graça e Alphaville. As empresas 2M2B Montadora de Máquinas Ltda. E OM Recreativo Ltda., eram usadas para operacionalizar a ação criminosa.
Os presos serão indiciados por práticas ilícitas de jogo de azar, contrabando, formação de quadrilha, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, dentre outras. Em 2007, os quatros cabeças do esquema foram denunciados à Justiça por crime contra a economia popular e contrabando de máquinas caça-níqueis, usadas para o mesmo esquema.
Segundo a investigação, os acusados vinham explorando a jogatina ilegal em Salvador, Itaparica, Vera Cruz, Nazaré das Farinhas, Salinas das Margaridas e Ilhéus. A 2M2B montava, distribuía e dava manutenção aos caça-níqueis, além de desenvolver os programas de computador utilizados nos jogos de azar.
As placas-mãe usadas pela empresa para montar aos caça-níqueis eram cotrabandeadas com a ajuda de Oliver Michel Franceschi, da empresa Sygmatron Indústria e Comércio, localizada em São Caetano do Sul (SP). Os equipamentos eram espalhados por pontos comerciais como bares e mercearias, programadas para lesar os apostadores. A empresa OM Recreativo era responsável pelo recolhimento do lucro das apostas, periodicamente, e do fornecimento de material para o funcionamento do jogo ilegal. Informações de A Tarde.

Os 13 suspeitos do esquema:
Augusto César Requião, Valdemir A. Osório e José Luís de O. Simões – donos das empresas que opera o esquema, os mentores da trama.
Leonardo Reis Almeida – gerente-geral da jogatina, com total autonomia na ausência dos líderes.
Paloma B. Martins – secretária de Leonardo.
João Messias Andrade Reis Cruz e Airton Paulo de Lima – gerentes de menor poder.
Oliver Michel Franceschi e Wilbis Wilson Paulo – forneciam os eletrônicos.
José Wilson da Silveira – pai de Wilbis, já foi preso por contrabando. Montava as máquinas.
Paulo Henrique Silva Oliveira – à frente do esquema em Ilhéus.
Carlos Albero Penelú – à frente do esquema no Recôncavo.
ACSF e Márcio Matos Falcão Ferreira (este forgido) – responsáveis pela parte financeira.

Fonte: Polícia Federal


Observação: No dia 27.12.2010, o Bocão News recebeu da família do Sr. ACSF esclarecimentos a respeito do equívoco do envolvimento do referido no esquema dessarticulado pelo Polícia Federal. Diante disso, segue adendo:

No dia 1º de dezembro ao publicar reportagem sobre Operação Reset deflagrada pela Polícia Federal (PF) contra a exploração de máquinas caça-níqueis que faturava cerca de R$ 50 milhões por ano, o Bocão News foi induzido ao erro ao veicular as informações divulgadas pela PF que, de forma equivocada prendeu o engenheiro ACSF apontado como um dos suspeitos de participar do esquema fraudulento.

Em decorrência do erro, fomos contatos pela família de ACSF que nos mostrou o equívoco cometido pela PF que o prendeu em lugar de Armando Antônio Assunção Rodrigues, verdadeiro suspeito de participar de “práticas ilícitas de jogo de azar, contrabando, formação de quadrilha, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, dentre outras”, conforme indiciamento da PF.

Diante do exposto, o Bocão News publica os esclarecimentos encaminhados pela família de ACSF, buscando com isso restabelecer a verdade dos fatos e corrigir uma injustiça a qual foi induzido a cometer ao reproduzir as informações divulgadas pela Polícia Federal, ao tempo em que pede desculpas.

Segue a nota enviada ao Bocão News pela família de ACSF:

“ERRO GRAVE"

A Polícia Federal deflagrou na manhã da quarta-feira (dia 01/12/2010), a “OPERAÇÃO RESET”, dando cumprimento a 13 mandados de prisão e 37 mandados de busca e apreensão. A ação teve por escopo o combate à exploração de máquinas caça-níquel no Estado da Bahia.

Ocorre, contudo, que dentre os investigados, foi indicado injustamente ACSF, pessoa idônea, íntegra e honrada, sem envolvimento com as pessoas investigadas e sem passagem ou registro de antecedente de natureza penal ou criminal.

O verdadeiro alvo investigado pela Polícia Federal, Armando Antônio Assunção Rodrigues, foi encontrado no dia seguinte ao grave equívoco, prestou depoimento na Superintendência da Polícia Federal na Bahia e foi, posteriormente, indiciado. O dano, contudo, já havia se consolidado, com dimensões e conseqüências irreparáveis.

A Polícia Federal, até o presente momento, não promoveu qualquer iniciativa de retratação do erro grave e lamentável. As medidas administrativas e judiciais cabíveis, na hipótese, estão sendo manejadas pela parte prejudicada”.

Classificação Indicativa: Livre

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