Polícia

Com bode e água fresca

Publicado em 20/11/2012, às 19h23   Redação Bocão News (@bocaonews)



Dez anos e dez meses de prisão. Esta foi a condenação do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por chefiar o esquema do mensalão.

Mas, enquanto o caminho para a prisão parece estar cada vez mais distante, Dirceu tira o tempo livre para descansar, fica à base de sombra e água fresca e muito, muito bode. Um almoço foi realizado na segunda-feira (19), na luxuosa casa no Condomnínio Busca Vida, Litoral Norte da Bahia,  na Estrada do Coco. Desde o feriado hospedado na casa - um mero empréstimo do amigo e empresário, Manoel Francisco Barbosa Martinez, dono da R2 Construtora e da Brasplan Empreendimentos, Dirceu se deleita ás maravilhas da Bahia e da culinária.


Nesta segunda, segundo revelou o anfitrião do almoço, o deputado estadual Josias Gomes, o ex-ministro demonstrava um "ótimo humor".

"Preparei  uma paella em homenagem à presidente Dilma Rousseff, que está na Espanha. Mas o Zé gostou mesmo foi do bode assado. Até pediu  que mandássemos, a carne para ele, em Brasília", informou Gomes ao A Tarde, que é amigo do ex-ministro desde a fundação do Partido dos Trabalhadores.



Foto: Brasil247


No seleto grupo que compareceu à casa do parlamentar, no bairro da Pituba, em Salvador, estavam o ex-presidente da Petrobras e hoje secretário do Planejamento da Bahia, José Sérgio Gabrielli, o secretário da Casa Civil, Rui Costa - ambos cotados para suceder o governador Jaques Wagner -, os deputados federais Zezéu Ribeiro e Valmir Assunção, e os estaduais Luiza Maia, Rosemberg Pinto e Fátima Nunes, além do presidente do PT, Jonas Paulo, e do prefeito eleito de Teixeira de Freitas, João Bosco.

E diante de tantas regalias, por ser advogado, ele poderá ficar em sala de Estado Maior até que a sua sentença se torne definitiva, ou seja, sem possibilidade de recursos. Essa sala pertence a alguma corporação militar. Geralmente um quartel da PM é escolhido. Não é cela especial e não possui grades.


O STF, no entanto, ainda não sinalizou se acatará o pedido do Ministério Público Federal (MPF) pela prisão imediata dos réus após o julgamento. A tendência é que a Corte aguarde o julgamento de todos os recursos.

Matéria originalmente publicada às 08h23 do dia 20/11.


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