Polícia

“Não Vamos descansar enquanto não houver justiça”, afirma família de engenheiro

Publicado em 01/12/2012, às 11h26   Tony Silva (twitter: @tony_silvaBN


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Alex Moura Martins 

Com muita tristeza e lágrimas nos olhos, amigos e parentes se despediram na tarde desta sexta-feira (30) de Alex Moura Martins, 29 anos. O jovem morreu durante um acidente de trânsito no Vale do Canela, na noite desta quinta-feira (29), quando outro veículo invadiu a pista contrária e colidiu com o carro da vítima.

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Alex, que era formado em Engenharia Mecânica e voltava do segundo dia do novo trabalho na Caixa Econômica Federal, foi sepultado no cemitério Campo Santo, no bairro da Federação. Ele tinha mais duas irmãs e um irmão, era o filho mais novo, solteiro e vivia com os pais - Vilson Oliveira Martins e Inês de Moura Martins, que estavam bastante abalados.

O Cunhado de Alex, o advogado Jorge Felizola, 40 anos, disse que o engenheiro tinha uma excelente convivência com toda família, vivia sempre rodeado de amigos e sempre muito tranqüilo. “Ele não se envolvia em confusão”, afirmou.

O cunhado disse também que a família não vai descansar enquanto tudo não for apurado e a justiça não for feita. “Nós queremos saber o que vai dizer o laudo sobre as condições do condutor do veículo que causou o acidente.
Queremos saber em qual estado ele estava para causar um acidente dessa gravidade. A partir daí, vamos por meios legais, tomar nossas providências. Mas, uma coisa é certa. Não vamos descansar e deixar passar nada despercebido”, finalizou, clamando por justiça. “Nós queremos justiça, clamamos por justiça”, desabafou Felizola.

O condutor do veículo envolvido no acidente, Joeraldo dos Santos Fraga Filho, 23 anos, prestou depoimento, pagou uma fiança de R$ 6 mil reais e foi liberado no fim da manhã desta sexta.

Um dos amigos da família, o também advogado Raimundo Macedo, 62 anos, que conhecia o jovem engenheiro há mais de 10 anos, criticou o código penal brasileiro, que através dele foi permitido a Joeraldo o direito de pagar a fiança de R$ 6 mil e sair da cadeia. “Isso acontece porque temos um código penal corroído e com uma configuração a época de 1947, o que é conseqüência desse governo de palanque que vivemos”, desabafou Macedo.

Raimundo também desabafou sobre a violência no trânsito. “Tudo isso é conseqüência de uma política de desmando e puramente eleitoreira, pois eles ficam no palanque e quando acabam as eleições a sociedade é esquecida, porque os eleitos já começam a se preocupar com as próximas eleições deixando a sociedade abandonada”, comentou Raimundo.

Amigos de Alex demonstraram comoção nas redes sociais nesta sexta-feira (30).




Fotos: Roberto Viana

Classificação Indicativa: Livre

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