Polícia

Silêncio impera sobre invasão na Lemos Brito

Imagem Silêncio impera sobre invasão na Lemos Brito
SSP diz que caso "não é com a gente" e polícia civil mantém investigação em sigilo  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 01/04/2013, às 12h08   Terena Cardoso (Twitter: @terena_cardoso)


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No último domingo (31), doze detentos tentaram explodir os cadeados de uma das celas da Unidade Especial Disciplinar (UED) do complexo penitenciário Lemos Brito, em Salvador, enquanto outros seis bandidos tentavam invadir o local para resgatá-los. A ação não deu certo. O explosivo não detonou o portão da cela, o barulho despertou os policiais e os bandidos fugiram por um matagal que fica atrás da unidade. Antes, eles agrediram um policial militar que fazia a segurança na entrada do local.

Diante do fato, vêm alguns questionamentos iniciais: como detentos de uma penitenciária de “segurança máxima”, como consta no site da Secretaria de Administração, Penitenciária e Ressocialização (Seap), teve acesso a explosivos? Por que um presídio dessa importância não tem muros nos arredores, apenas cercas? Por que apenas um policial estaria fazendo a segurança do local durante a madrugada? Como os bandidos têm acesso ao fardamento militar? Essas e outras perguntas, pelo visto, não serão respondidas tão cedo. Segundo a assessoria da Polícia Civil, que investiga o caso, a apuração ocorrerá em sigilo e “qualquer coisa que a gente comente ou fale pode atrapalhar”. Já a assessoria da Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP/BA) afirma que não vai se posicionar sobre o caso porque “Não é a nossa secretaria, não tem nada a ver com a gente. Não pega bem falar sobre o assunto”. Ainda assim, a reportagem tentou o contato com o secretário da pasta, Maurício Barbosa, que não atendeu ao celular.


Secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa

Pensando ainda na possibilidade de os bandidos terem aproveitado o feriadão, momento em que o efetivo de policiais militares teria sido menor na capital baiana, o Bocão News pediu dados sobre esse número a assessoria da Polícia Militar, entre outras informações, mas não obteve resposta. Um email foi enviado. Pelo visto, daqui para frente, o silêncio vai imperar. 

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