Estudante tem maxilar fraturado por colega em escola municipal

Publicado em 13/06/2013, às 06h20 Fabíola Lima (Twitter: @fabiolalimaa)

Brincadeira de criança. Esta poderia ser a definição do que aconteceu dentro da escola municipal Agripiniano de Barros, em Praia Grande, Subúrbio de Salvador. Mas, o caso parou na delegacia.

Um garoto de 11 anos, filho da desempregada Sueli dos Santos, brincava com uma colega quando escreveu o nome da garota e de um terceiro menino no caderno. Sorrindo, a menina respondeu: “logo ele?”. Descontente com a inclusão na brincadeira, o colega de 13 anos levantou da cadeira onde estava sentado dentro da sala de aula e agrediu o filho de Simone com um soco no rosto.

De acordo com Sueli, o filho teve uma fratura no maxilar e teve os lábios partidos. “Meu filho me falou que houve um mal entendido no colégio e a professora me falou que não passou de uma briga de crianças, mas quando ele chegou em casa eu percebi o tamanho do problema. E a direção da escola foi incapaz de encaminhar meu filho para a emergência. A tal confusão aconteceu por volta das 9h e ele ficou sentido dor até o final da manhã, quando foi liberado pela instituição”, relatou a mãe, acrescentando ainda o registro do caso na Delegacia Para o Adolescente Infrator (DAI) e Delegacia Especializada em Crime Contra Criança e Adolescente (Derca).

Segundo fonte ligada ao Bocão News, o filho de Sueli foi conduzido até a sala da diretora da escola após a agressão e lá o garoto ferido foi ouvido. Durante a conversa, ele teria sido questionado se estava sentido dor e se tinha condições de continuar na aula. A fonte explicou ainda que o ferimento não estaria evidente no rosto do menor e a mãe foi comunicada. A gravidade do ferimento teria sido comunicado pela mãe da vítima e, diante do caso, a diretoria teria conduzido a mãe e o adolescente para o Hospital do Subúrbio, onde o garoto foi atendido. Este depoimento foi relatado por uma fonte que pediu para não ser identificada. A reportagem tentou falar com a direção, mas não obteve êxito.

De acordo com um agente na Derca, o caso de denúncia de negligencia registrado na segunda-feira (3) será investigado. A suposta omissão de socorro da direção da escola ou se algum funcionário presenciou o caso e não comunicou aos dirigentes da instituição será apurado. Caso fique provada a negligencia, será aberto um inquérito e o responsável responderá pelo crime. Sobre a agressão do menino de 13 anos contra o garoto de 11, a responsabilidade de apurar a denúncia é da DAI. A reportagem do site tentou, sem sucesso, falar com a delegada na unidade.

Violência
O Bocão News publicou matéria sobre violência nas escolas e de acordo com balanço dados noticiados pelo repórter Tony Silva, na Bahia, a violência também vai às escolas. A Polícia Militar (PM) apresentou dados da violência nas escolas em 2013, registrado pelas Rondas Escolares, foram mais de 70 ocorrências registradas até maio deste ano. Informou a PM.

A Ronda é uma operação desenvolvida pela PM que tem a finalidade de intensificar o policiamento, por meio de rondas nos estabelecimentos de ensino, visando combater e prevenir a violência nas escolas e seu entorno, por meio de atividades integradas (palestras, visitas, apresentação de peça teatral) para que a comunidade escolar tenha um ambiente propício para o desempenho de suas atividades. Vale ressaltar que a Ronda Escolar complementa o policiamento já realizado pelas companhias independentes nas localidades onde as escolas estão instaladas.

Para o repórter Tony Silva, o secretário de Educação do município falou de algumas providências tomadas pela pasta. “Nós orientamos os diretores a trabalharem assuntos ligados à família utilizando instrumentos para que a cultura da paz predomine”, explica.

Publicada no dia 12 de junho de 2013, às 12h40

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