Polícia

Amizade de 20 anos termina em falcatrua, traição e estelionato

Ilustrativa
Compra de carro gera transtornos e uma dívida de mais de R$ 240 mil  |   Bnews - Divulgação Ilustrativa

Publicado em 29/06/2013, às 08h19   Juliana Costa (Twitter: @julianafrcosta)


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Em uma amizade de 20 anos há muita história para contar. Momentos bons e outros ruins. Um pedido de uma amiga é quase inegável. Assim pensou Sandra Moreira, 42 anos, que conheceu Ana Luiza de Souza na igreja que frequentavam em Pernambués, Salvador.

Ao pedido da amiga para comprar um carro em seu nome com a condição que pagaria as parcelas, Sandra não recusou, comprou o carro, financiado em 36 meses pelo banco Panamericano e entregou as prestações para Ana Luiza. De acordo com o advogado da vítima, Alex Reis, as três primeiras foram pagas pela própria arrendatária, já que a amiga não pode pagar. As próximas ficaram por conta de Ana Luiza.


Contrato com o banco Panamericano 

O que Sandra não podia imaginar é que a amiga, que já foi gerente do banco que financiou o veículo, “utilizaria da sua influência para refinanciar o carro”, diz Reis. “Ela tinha em mãos todos os documentos de Sandra, ligou para o banco, refinanciou em 48 meses, falsificou a assinatura e recebeu R$ 14 mil na diferença. Com a influência dela ainda conseguiu tirar cartões de crédito, contas de telefone e um empréstimo de R$ 238 mil”.

Ainda de acordo com o advogado, “90% de toda a falcatrua foi feita através do banco Panamericano”. Ao receber as primeiras notificações, Sandra procurou o advogado para investigar. Contas de telefone e de cartões de crédito chegavam a sua residência. Com a segunda via da conta de telefone foi possível reconhecer o número da amiga e do marido.


Débito do veículo com a empresa de cobrança 


Sandra está indignada com a situação. “Nunca imaginei que isso pudesse acontecer comigo. Não percebi nada nesses anos. Eu confiava bastante nela. Agora só quero que a justiça seja feita”.

Reis afirma que amigos e parentes não percebiam as movimentações de Ana Luiza, já que a mesma apresenta diferentes números de CPF nas compras que realizava.

O caso está sendo investigado pela polícia que também constatou que Ana Luiza abriu uma empresa fantasma em Juiz de Fora, Minas Gerais. De acordo com Reis, a empresa de empréstimo serve para dar golpes em outras pessoas. “Ela utiliza dos documentos dessas pessoas que fazem empréstimo para aplicar outros golpes”.


Postada às 18h do dia 28 de junho

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