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Nordeste é a região com maior número de usuários de crack

Imagem Nordeste é a região com maior número de usuários de crack
Segundo pesquisa 35% dos usuários de drogas nas capitais consomem crack  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 21/09/2013, às 11h42   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



O crack é usado por 35% dos consumidores de drogas ilícitas nas capitais do Brasil, revela pesquisa inédita feita pela Fundação Oswaldo Cruz. O trabalho, encomendado pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e divulgado nesta quinta-feira, 19, indica que a maior parte dos usuários está concentrada na Região Nordeste.

Dos 370 mil consumidores regulares de crack ou similares (merla, pasta-base e oxi) estimados nas capitais do País, 148 mil encontram-se na região. Isso significa que 43% da população que usa regularmente drogas ilícitas nas capitais do Nordeste consome crack. O porcentual só é menor do que o encontrado no Sul. Nas capitais da região, 52% das 72 mil pessoas que usam regularmente drogas ilícitas consomem crack (37 mil pessoas).

Depois do Nordeste, em números absolutos o maior número de usuários de crack está concentrado nas capitais do Sudeste. A região reúne 113 mil consumidores regulares da droga, seguido pelo Centro-Oeste (51 mil), Sul (37 mil) e Norte (33 mil). O trabalho foi feito com base em dados coletados em 2012 com 25 mil residentes nas capitais. As pessoas foram visitadas em suas casas e responderam a perguntas sobre suas redes sociais. De acordo com a Fiocruz, esse é o maior e mais completo levantamento feito sobre crack no mundo.

Em minoria nas cenas de uso de crack, as mulheres apresentam um comportamento diferenciado. O tempo médio de consumo da droga entre o grupo feminino é de 72,8 meses, menor do que o masculino (83,9 meses). Apesar disso, o consumo de pedras usadas, num mesmo dia, é significativamente maior. Elas relataram consumir em média num mesmo dia 21 pedras, enquanto homens indicaram usar 13 pedras. Também foram encontradas diferenças importantes com relação ao recebimento de dinheiro ou drogas em troca do sexo. Entre mulheres essa proporção foi de 29,9% enquanto de homens, 1,3%.

Outro ponto que chamou a atenção dos pesquisadores está relacionado à gravidez. Cerca de 10% relataram estar grávidas no momento da entrevista. Mais da metade das usuárias já havia engravidado ao menos uma vez desde o início do consumo de crack e drogas similares.


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