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Justiça determina que Hospital Aliança informe saúde da médica em 24h

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Na manhã desta terça-feira (15), Kátia Vargas teve prisão preventiva decretada  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 15/10/2013, às 12h30   Caroline Gois (twitter: @goiscarol)



O caso da morte dos irmãos Emanuel e Emanuela, 22 e 24 anos, ganha cada vez mais um novo capítulo. Na manhã desta terça-feira (15), a Justiça, além de decretar a prisão preventiva da médica acusada de assassinar os jovens na última sexta (11), no bairro da Ondina, determinou também que o Hospital Aliança informe em um prazo máximo de 24h o real estado da acusada. "Um oficial da Justiça será enviado ao hospital para que se cumpra a determinação e, caso não haja este cumprimento, os responsáveis pelo atendimento a ela podem responder por desobediência e favorecimento pessoal", afirmou o advogado Daniel Keller, que defende a família das vítimas.

Após o resultado sobre o estado de saúde da oftalmologista, ela deve ser transferida para o Hospital Geral do Estado (HGE), onde há um setor para custodiados. Caso ela esteja bem, sai do Aliança e vai direto para o presídio feminino. Uma avaliação do Departamento de Polícia Técnica (DPT) do Instituto Médico Legal (IML) foi feita na tarde de hoje. O resultado deve sair em 48h.

Na noite de segunda-feira (14), Keller conversou com o Bocão Newssobre a linha de defesa. De acordo com Keller, os argumentos utilizados pela defesa da médica não são o bastante para deixá-la em liberdade. "Ela demonstra periculosidade, fez vítimas e ainda estamos apurando junto com o Minitério Público se ela está fraudando o estado de saúde. Hoje o MP determinou que dois peritos fossem avaliar as condições dela", afirmou o advogado, que está indiretamente no caso desde o dia do crime. "Hoje oficializei meu contrato com a família. Fui professor de Emanuelle e, desde sexta, me coloquei à disposição da família", disse.
Quando questionado sobre quem era Emanuelle, o também professor universitário foi direto: "Ótima aluna e queria ser advogada criminalista", contou, lamentando a morte da jovem. "A mãe está muito abalada, sem conseguir falar. Hoje fomos pegar na delegacia os pertences deles. Foi horrível", relatou.
Daniel Keller ressaltou ainda o trabalho da Polícia Civil e do Ministério Público no caso. "Eles estão de parabéns. A investigação está sendo conduzida da melhor forma possível e quero agradecer ao promotor Davi Gallo pelos trabalhos junto ao caso", afirmou.
Sobre o andamento do processo, Keller disse que até esta sexta (18) o inquérito deve ser fechado e que "ela só será julgada no Tribunal. Não posso pré julgá-la, mas já existem indícios de que houve homicídio doloso, que é quando há intenção de matar. Na próxima semana já quero indiciá-la por homicídio doloso qualificado, hediondo", revelou, informando que se for condenada ela pode pegar de 12 a 30 anos de prisão em regime fechado, por cada homicídio. "Ou seja, no mínimo 24 anos de prisão", disse. 

Já sobre as perspectivas do processo, Daniel Keller pontuou três, se mostrando confiante nos resultados. "Quero que a prisão preventiva seja decretada, que ela seja denunciada por homicídio doloso qualificado e vá a júri poopular e que, por fim, uma vez provado que ela é culpada, que ela seja condenada a cumprir a pena justa".
Nesta terça-feira (15), Daniel Keller estará com a família na porta do Fórum Criminal de Sussuarana, às 15h, onde o juiz deve dar o parecer sobre o pedido da defesa de Kátia, que busca a liberdade provisória dela. Em protesto, parentes e amigos farão o ato no local. Também nesta terça, Emanuel completaria 23 anos. 

Classificação Indicativa: 18 anos

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