O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) apresentou, nesta quarta-feira (16), o traficante e homicida Lucinei Cardoso Barbosa, o “Gago”, de 32 anos, integrante da quadrilha de “Cebola”, autor e mandante da chacina que deixou cinco mortos em Valéria, em março deste ano.
Durante a apresentação, Gago contou que tem dois filhos e confirmou ser usuário de drogas, além de contar que faz bicos para sobreviver. Segundo o acusado, os que morreram seriam traficantes que disputavam 'boca de fumo' na região. "Eles costumavam andar no bairro", afirmou. Gago mora no Subúrbio há quatro anos e jã morou em Valéria.
Ex-gerente dos pontos de tráfico de “Cebola”, Lucinei foi preso, no sábado (12), na invasão da Lagoa da Paixão, em Fazenda Coutos, por policiais da Rondesp (Rondas Especiais/BTS) e conduzido, inicialmente, à 5ª Delegacia Territorial (DT/Periperi) e depois à Delegacia de Homicídios Múltiplos (DHM), que investiga o caso. A apresentação foi conduzida pelo delegado Daniel Pinheiro, da Delegacia de Homicídios Multiplos (DHM).
De acordo com o delegado, durante uma operação que aconteceu em abril, Cebola foi detido e Gago conseguiu fugir com outros envolvidos. “Em abril deste ano, na Cidade de Plástico, um mês depois da chacina em que oito pessoas foram mortas e os corpos foram levados para Valeria, oito pessoas foram presas – destas três foram soltas. Entre os detidos estava Cebola líder do tráfico na região. Com os suspeitos a polícia encontrou armas e drogas. Com a prisão de gago faltam dois suspeitos para conclusão do caso, Ibira e Do Rato, apontados como traficantes e ter participação direta na chacina", explica Pinheiro.
E apesar de negar participação no crime, o delegado conta que Gago foi conivente. “Ele em depoimentos conseguimos relatos de que Gago foi o responsável por amarrar as vítimas”. A polícia continua as investigações até a prisão dos dois suspeitos que foram identificados apenas pelos apelidos.
Motivação do crime
As vítimas foram atraídas para a casa de Galego para uma festa e no local elas foram assassinadas porque Cebola desconfiava que eles andavam a área e faziam uma espécie de “espionagem” para traficantes rivais.
O caso
Cinco pessoas foram executadas na madrugada do dia 8 de março, no Jardim Valéria, periferia Salvador. Segundo informações da Central de Polícia (Centel), todas as vítimas foram mortas com tiros e teriam sido torturadas antes das execuções. Os corpos estão amontoados uns por cima dos outros na Estrada Velha de Valéria, próximo a entrada da Usiba. O local onde foram jogados é uma via vicinal de difícil acesso. Dentre as vítimas haviam três mulheres.
Veja a galeria de fotos da chacina Com informações da repórter Fabíola Lima
Matéria publicada dia 16 de outubro às 11h21
