Publicado em 09/02/2011, às 07h57 Redação Bocão News
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Apontados como responsáveis pela morte do garoto Joel da Conceição Castro, 10, no dia 21 de novembro de 2010, no bairro do Nordeste de Amaralina, os nove policiais militares vão responder por homicídio doloso triplamente qualificado (cometido por motivo torpe, oferecendo perigo comum e impossibilitando a defesa da vítima). O juíz Ernane Garcia Rosa, da 2ª Vara do Júri, acatou integralmente, ontem (8), a denúncia feita pelo Ministério Público (MP) contra os acusados. Eles podem ser condenados a 40 anos de prisão.
Os promotores Davi Gallo e Luciano Assis apresentaram a denúncia no dia 14 de janeiro, mas só foi parar nas mãos do juíz nesta terça-feira (8), que agora, citará todos os militares para que os advogados ofereçam defesa e depois começa a fase de instrução do caso.
"Agora vai ser instaurado processo e, se for comprovado mesmo, como as provas estão aí mostrando, eles vão a júri", afirmou o promotor de Justiça, em referência ao julgamento popular, acionado em casos de crimes dolosos contra a vida. Os acusados têm dez dias para apresentar defesa escrita. Se condenados, eles podem receber pena de até 40 anos de prisão.
O promotor explicou que a tripla qualificação se deve ao fato de o crime ter tido um motivo torpe, oferecido perigo comum e impossibilitado a defesa da vítima. A denúncia do MP foi realizada no último dia 14, apreciada somente nesta segunda pelo juiz.
Responde a processo como autor o soldado Eraldo Menezes de Souza, lotado na 40ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), que efetuou os disparos; e como co-autor o tenente PM Alexinaldo Santana Souza, que comandou a ação policial. Os outros sete PMs reponderão por participação, por omissão de socorro. São eles: Leonardo Passos Cerqueira, Robson dos Santos Neves, Paulo José Oliveira Andrade, Nilton César dos Reis Santana, Luís Carlos Ribeiro Santana, Juarez Batista de Carvalho e Maurício dos Santos Santana.
Joel, que é filho do mestre de capoeira Joel Castro, conhecido como Ninha, foi atingido com dois tiros na cabeça, no quarto, quando se preparava para dormir. Os policiais, segundo relatos e como comprovou a perícia, chegaram atirando indiscriminadamente.
O garoto fazia parte de um grupo de capoeiristas do Nordeste de Amaralina e se preparava para viajar com o pai para a Itália, onde participaria de apresentações de capoeira.
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