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Mesmo em campanha, Célia Sacramento não precisa se afastar da prefeitura

Imagem Mesmo em campanha, Célia Sacramento não precisa se afastar da prefeitura
Vice-prefeita de Salvador vai disputar posto nacional  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 15/06/2014, às 07h50   Alessandro Isabel (Twitter: @alesandroisabel)


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A confirmação do nome da vice-prefeita de Salvador, Célia Sacramento, para a disputa pelo posto de vice-presidente da República pelo PV, não impedirá a permanência de Sacramento no posto que ocupa no município.

De acordo com o advogado Ademir Ismerim, especialista em Direito eleitoral, não existe impedimento legal para a disputa de vice-presidente sendo vice-prefeita. Ismerim explica que o que poderia impedir a disputa de Sacramento pelo verde seria se ela já tivesse ocupado o posto interino de prefeita, no lugar de ACM Neto, por pelo menos um dia, fato que ainda não aconteceu.

Ainda segundo Ismerim, caso ACM Neto tenha que se afastar no período de campanha de Célia, ela deverá solicitar dos vereadores soteropolitanos a dispensa do posto e ceder em automático o direito de assumir a prefeitura para o presidente da Câmara, o vereador Paulo Câmara (PSDB).

A reportagem do Bocão News manteve contato com a assessoria de prefeitura de Salvador para saber se Célia pediu para se ausentar do posto durante o período, mas o assessor informou não ter conhecimento do fato. Também, contatos foram feitos com a assessoria de Sacramento, mas as ligações não foram atendidas.

O nome de Célia Sacramento para a disputa presidencial foi confirmada em convenção nacional realizado em Brasília, neste sábado (14). O PV oficializou o nome de Eduardo Jorge como o candidato pela disputa.

Os verdes consideram a candidatura de Eduardo Jorge e Célia Sacramento um retorno do PV a bandeiras progressistas defendidas pelo partido e que teriam ficado esquecidas nas eleições presidenciais de 2010, quando o partido levou a candidatura de Marina Silva.

Entre essas bandeiras estão a descriminalização da maconha e do aborto, que não foram defendidas por Marina, que é evangélica. Além da pauta mais polêmica, o programa do partido também propõe a defesa do desenvolvimento sustentável, a reforma política, e um novo pacto federativo com uma distribuição de recursos mais focada nos municípios, uma “economia verde”, e a geração de energia com base em matrizes mais limpas, como eólica e solar.

Eduardo Jorge é médico sanitarista, foi deputado federal por quatro mandatos, foi deputado estadual e duas vezes secretário municipal de Saúde de São Paulo. Nas eleições passadas, Marina recebeu quase 20 milhões de votos pelo PV. Em 2011, se desligou do partido após participar de uma disputa interna com dirigentes da legenda.

Matéria originalmente publicada às 14h17 do dia 14 de junho

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