Polícia

Advogado de funcionários que acusaram patrão de tortura dá detalhes do caso

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Advogado de funcionários concedeu entrevista ao BNews e trouxe novas informações sobre o caso  |   Bnews - Divulgação Reprodução // Montagem // BNews

Publicado em 30/08/2022, às 19h16   Rafael Albuquerque


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O empresário evangélico de prenome Alexandre, que está sendo denunciado por dois de seus funcionários pelo crime de tortura, será ouvido nesta semana pelo delegado Willian Achan, da 1ª Delegacia Territorial (DT/Barris). Os trabalhadores dizem ter passado por sessões de espancamento após serem acusados de furtar dentro do estabelecimento comercial, localizado nas proximidades da Estação da Lapa, no Centro da cidade.

O advogado Alan Mata, que ao lado de Tiago Martins defende os interesses das duas vítimas, falou ao BNews sobre o caso e deu detalhes dos dois inquéritos que estão em andamento.

"Existem dois inquéritos: um de Marcos e um de Willian. Quem foi torturado primeiro foi Willian, dia 19/08. Mas ele só procurou a delegacia depois de Marcos. Marcos foi torturado dia 22/08. Só que William ficou com medo de ir à delegacia porque tava sendo ameaçado, e os investigados foram na porta dele. A mãe de Marcos trabalhava lá também, ficou revoltada e incentivou Marcos a ir à delegacia. Marcos foi com a mãe, foi aos Direitos Humanos e notificou o crime. Ela ligou pra Willian e incentivou ele a também prestar queixa", afirmou o advogado ao BNews.

Depois que as vítimas foram ouvidas, o delegado intimou o dono a empresa, Alexandre, na quinta-feira (25) que foi, inicialmente, interrogado pelo inquérito de Marcos. "Ele confessou as agressões e disse que o motivo foi porque desconfiava que Marcos estava 'roubando', o que na verdade seria furto. Ele disse que armou a isca pra Marcos, colocou R$ 30 em um local, e que Marcos teria pegado e por isso ele havia cometido o ato", destacou.

Ainda de acordo com o defensor, na sexta-feira (26) "foi noticiado o crime com relação a Willian, que teve depoimento colhido, e daí foi encaminhado para fazer exame de corpo de delito. Em seguida eu levei as mães para serem ouvidas como testemunhas dos dois casos. E hoje eu trouxe o irmão de Willian para ser ouvido como testemunha".

O advogado Alan Mata disse que, se condenados, os acusados podem pegar até oito anos de prisão e confirmou que já existe prova de autoria e materialidade do crime.

O delegado Willian Achan confirmou que as vítimas já foram ouvidas e que aguarda um dos acusados na delegacia nesta semana: "O inquérito está em andamento. Ouvimos as vítimas, as mães deles. Eles receberam guia de exame de corpo de delito. Vamos ouvir os acusados e aguardar a presentacao do segundo (Diógenes)".

O Ministério Público do Trabalho (MPT) na Bahia também se pronunciou e disse que vai apurar a denúncia.

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