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Homens armados fazem reféns e roubam remédios de quimioterapia em SP

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Hospital ainda não calculou total do prejuízo; secretaria de Saúde diz que irá reabastecer a farmácia da unidade  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 23/03/2019, às 14h58   Folhapress


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A rotina hospitalar do Pérola Byington, na região central da capital paulista, foi irrompida na manhã desta sexta-feira (22) pelo anúncio de um assalto. Dois homens armados fizeram cinco funcionários reféns e roubaram medicamentos, inclusive de quimioterapia.

Para garantir o atendimento aos pacientes, a secretaria estadual de Saúde afirmou que está montando um plano de contingência e que vai providenciar o remanejamento de medicamentos para reabastecer a farmácia do hospital, ligado ao Governo do Estado de São Paulo e considerado referência em saúde da mulher.

Segundo a polícia, os dois homens entraram no Pérola por volta das 11h. Um deles, vestindo jaleco branco, se aproximou da farmacêutica, no depósito que fica no subsolo de um prédio anexo, e disse que gostaria de buscar um medicamento. 

Quando a funcionária perguntou qual, ele passou o balcão, mostrou que estava armado e a levou para os fundos do local. Enquanto isso, o outro homem pegava os remédios na geladeira e no armário e os guardava em sacos brancos de lixo hospitalar —por várias vezes ele perguntou o valor dos produtos.

Enquanto mantinha a funcionária refém, o de jaleco conversava com um terceiro homem pelo telefone, dizendo que os sacos estavam pesados e por isso precisariam de ajuda para carregar, ainda de acordo com a polícia.

Após pegarem várias medicações, eles foram ao setor de manipulação, renderam um oficial administrativo e perguntaram onde estavam "os quimio", ou seja, as drogas de quimioterapia, para tratamento de pacientes com câncer. Fármacos do tipo podem custar de R$ 600 a R$ 8.000.

A dupla também fez refém outro farmacêutico e duas auxiliares de enfermagem. Só não levou mais produtos porque, com o peso, os sacos iam rasgando. Não houve vítimas e ninguém foi detido até o momento. 

A polícia não sabe precisar o valor total do prejuízo. 

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde também disse que "repudia qualquer ação que prejudique o atendimento à população usuária do SUS [Sistema Único de Saúde] e está à disposição das autoridades para colaborar com as investigações". 

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