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Operação prende suspeitos de investir em imóveis da milícia no Rio

Folha
Os 17 mandados de prisão foram expedidos pela 33ª Vara Criminal  |   Bnews - Divulgação Folha

Publicado em 16/07/2019, às 07h50   Redação BNews


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Uma operação da Polícia Civil e do Ministério Público do RJ tenta prender nesta terça-feira (16) responsáveis pela construção e exploração de imóveis irregulares da milícia que age na Muzema e em outras localidades da Zona Oeste do Rio. De acordo com o G1 Rio, entre as 17 pessoas com mandados de prisão preventiva, há suspeitos de investir no braço imobiliário desse grupo paramilitar, que age ainda em Rio das Pedras, Anil e Gardênia Azul. Há três meses, na Muzema, dois prédios irregulares desmoronaram, matando 24 pessoas.

Empresas suspensas
Os 17 mandados de prisão foram expedidos pela 33ª Vara Criminal. Ainda conforme o G1 Rio, equipes estão em diferentes endereços da Zona Oeste, como a Avenida Lúcio Costa, de frente para a Praia da Barra, e na Península, um conjunto de condomínios de classe média alta.

As investigações descobriram que donos de empresas, moradores de fora das comunidades dominadas, investiram nos imóveis. A Justiça também deferiu a suspensão cautelar das atividades de duas empresas.

Foram denunciadas 27 pessoas por envolvimento em organização criminosa e outros delitos relacionados à exploração imobiliária clandestina na região da Muzema:

Ocupação;
Loteamento;
Construção, venda, locação e financiamento ilegais de imóveis;
Ligações clandestinas de água e energia elétrica;
Corrupção de agentes públicos.

'Sócios ocultos'
Em entrevista exclusiva ao G1, o delegado Gabriel Ferrando, titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), já havia alertado para a tática dos paramilitares de recorrer a "sócios ocultos".

"A milícia já vem numa fase, atualmente, de evitar uma exposição e responsabilização e isso gerou com que eles [milicianos] se escondessem cada vez mais, tentando ocultar bens, vender propriedades, tudo para fugir de uma eventual responsabilização criminosa”, explicou.

Ainda segundo Ferrando, a polícia quer identificar as pessoas que proporcionam lucros a esses grupos.

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