Caso Lucas Terra: condenado pediu dinheiro para mudar versão, diz TV

A condenação em março deste ano em júri popular dos pastores Fernando Aparecido da Silva e Joel Miranda pela morte do adolescente Lucas Terra, aos 14 anos, em 2001, ganhou um novo capítulo nesta semana. 

De acordo com reportagem exibida pelo programa Domingo Espetacular, da RecordTV,  Silvio Roberto Galiza, primeiro condenado pelo crime no ano de 2004, e que acusou Fernando e Joel de envolvimento no caso, exigiu dinheiro e um emprego a integrantes da Igreja Universal do Reino de Deus para inocentá-los.

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DEPOIMENTO

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Em um vídeo mostrando pela matéria, ao lado de um homem que teve a identidade preservada, Galiza teria feito referência ao seu advogado e à sua situação financeira para pedir valores e um trabalho: "O advogado vai precisar trabalhar e eu não tenho mais de onde tirar, entendeu?".

"Vou precisar do advogado, que é este que já está no caso mesmo [...] Ou seja, alguma coisa que me 'mantesse' durante esse período que eu ficasse recluso porque queira ou não, não tem uma empresa que me coloque assim para trabalhar", acrescentou. 

Na gravação, Galiza afirmou que, caso fosse atendido, faria um novo depoimento. "Não é diretamente assumir, mas excluir. E aí, o que acontece? Eles, já que não tem fator de acusação, não têm como prosseguir com uma condenação. Ali já ia dar um basta. Agora, vem todo esse lado para cima de quem? Da minha pessoa", completou. 

A defesa de Fernando Aparecido e Joel Miranda contesta a sentença de 21 anos de prisão, pois, segundo ela, não existem provas sólidas de que ambos estejam envolvidos no crime. A reportagem tentou contato com a defesa de Silvio Galiza, mas não obteve retorno.