Polícia

Corpo de norte-americano segue no IML e pode ser sepultado pelo Estado sem identificação; entenda

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Corpo de Zachary Mikaya segue como ignorado no Instituto Médico Legal (IML)  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Redes Sociais
Lindaura Berlink

por Lindaura Berlink

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Publicado em 13/12/2023, às 14h49 - Atualizado às 15h18


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O corpo do americano Zachary Mikaya continua como ignorado no Instituto Médico Legal (IML), desde a última terça-feira (12). O homem morreu durante a tentativa de cumprimento do mandado de prisão contra ele, quando caiu do 2º andar do hotel onde estava hospedado, no bairro Stiep, em Salvador.

A caçada por Zachary Modi Mikaya começou desde o último domingo (10), quando atacou as vitimas nos bairros da Graça e da Barra, em sequência. O estrangeiro, desde então, era considerado foragido da justiça.

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De acordo com a Polícia Civil, Zachary se hospedou no hotel usando uma identidade falsa. Além disso, ele cortou os cabelos e retirou os dreads que usava em março deste ano, quando foi preso por diversos crimes, na capital baiana.

Na época, o norte-americano estava com a namorada uma profissional do sexo, em um apartamento alugado por ele, no bairro do Rio Vermelho. (relembre crime no fim da reportagem).

Natural do estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos, Zachary Modi Mikaya foi engenheiro de software do Massachusetts Institute of Technology (MIT). A instituição de ensino é considerada a melhor universidade do mundo. Não se sabe se ele continua no quadro de funcionários da empresa.

Segundo informações da políca, Zachary só possuia contato com o pai, que está no Estados Unidos e tem uma doença  terminal. Ainda não se sabe se ele será levado para os Estados Unidos ou sepultado em Salvador.

De acordo com o Departamento de Polícia Técnica (DPT), o corpo de Zachary ainda não foi reconhecido e segue como ignorado. Ainda de acordo com o DPT, caso o corpo não seja reclamado, ele será sepultado pelo Estado sem identificação. 

O DPT informou que não há prazo definido para que esse tipo de sepultamento venha a ocorrer, mas geralmente, existe uma média de 30 dias. O corpo do estrangeiro segue como ignorado porque ainda não houve a confirmação da identificação dele, que pode ser feita através da impressão digital, arcada dentária ou DNA.

A reportagem do BNews tenta localizar advogados que representem Zachary Modi Mikaya. Por meio de nota, o Consulado dos EUA informou que está de prontidão para fornecer assistência consular aos familiares do norte-americano

Relembre crime de março

No dia 28 de março deste ano, Zachary teria acertado um programa no valor de mil reais, mas depois do ato sexual, se recusou a pagar e expulsou a mulher do imóvel em que estavam.  A profissional chamou a Polícia Militar para denunciar a situação e os policiais que entraram no imóvel, afirmaram que encontraram Zachary transtornado e sem roupa.

A suspeita é de que ele estava sob efeito de entorpecentes, já que uma grande quantidade de cocaína e LSD foram encontradas no quarto dele. Com a chegada da polícia, o norte-americano tentou agredir a profissional do sexo e a própria companheira, que abriu a porta do imóvel.

O homem tentou enforcar ela com as mãos e a vítima foi socorrida pelos policiais. Depois disso, ele teria tentado tomar a pistola de dois militares, que conseguiram impedir que ele pegasse o armamento. Os policiais contaram ainda, que pediram para que ele vestisse uma roupa, para leva-lo para a delegacia e o homem passou a se masturbar na frente dos agentes.

Zachary foi levado para a Delegacia do Rio Vermelho e autuado pelos crimes de resistência e desobediência, ato obsceno, consumo de drogas e violação sexual mediante fraude. O Tribunal de Justiça da Bahia determinou no dia 30 de março a liberdade condicional do norte-americano, depois do pagamento da fiança estipulada em 10 mil reais.

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