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Divergência, racha e declaração comprometedora: as novas informações do 'golpe do Pix'

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A Polícia Civil ainda não concluiu o caso do 'golpe do Pix', mas atualizou o caso  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Google Street View

Publicado em 19/05/2023, às 07h57 - Atualizado às 09h35   Nilson Marinho


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Os jornalistas Marcelo Castro e Jamerson Oliveira, suspeitos de encabeçar um esquema de desvio de doações de telespectadores por meio de transferências via Pix, foram ouvidos na quinta-feira (18) pelo delegado responsável pelas investigações. Ao saírem da unidade policial, os dois disseram que, logo mais, provariam a inocência.

De acordo com a Polícia Civil, uma das chaves Pix disponibilizadas para que os telespectadores fizessem transferências durante as reportagens ao vivo pertencia a um amigo de infância de um dos investigados e não aos personagens que apareciam durante a transmissão necessitando de alguma ajuda. Não foi informado se o homem tem ligação com Marcelo ou Jamerson.

Ainda segundo a instituição, foi constatado que esse mesmo amigo fez movimentações bancárias para as contas dos dois jornalistas. Marcelo e Jamerson, no entanto, afirmaram que as transferências não teriam ligações com as doações, mas sim ao pagamento de um “empréstimo em dinheiro vivo de dezenas de milhares” que eles teriam feito para o homem. Não foi informado o motivo dos profissionais disponibilizarem a conta de uma pessoa que não teria relação com os necessitados.

A Polícia Civil informou ainda que durante a transmissão de uma reportagem que envolvia uma criança em tratamento contra o câncer, a chave Pix que apareceu na tela não era da mãe do menor de idade, mas de uma terceira pessoa que deu seus dados bancários a pedido do amigo de um dos jornalistas investigados. A criança foi ajudada pelo jogador Talisca.

“Verificou-se que há uma grande divergência entre o valor total doado e a quantia repassada: houve apropriação de cerca de R$ 70 mil provenientes destas doações, valor do qual a contribuição do jogador não fazia parte. Os demais titulares das chaves Pix são pessoas ligadas, direta ou indiretamente, a esse amigo de infância de um dos suspeitos”, afirma a Polícia Civil em outro trecho do comunicado.

Por fim, a instituição disse que um dos jornalistas suspeitos alegou que recebeu dinheiro de pessoas que pagavam para ter seus nomes citados em reportagens transmitidas ao vivo, e que mentia ao dizer aos telespectadores que elas haviam doado quantias em dinheiro.

“Segundo afirmaram os dois, o valor pago por essas pessoas era dividido entre ambos. Além disso, em relação à entrada de dinheiro em suas contas proveniente da conta do amigo de infância de um deles, a dupla justifica que tratava-se do pagamento dos empréstimos feitos em dinheiro vivo”, diz outro trecho do comunicado da Polícia Civil.

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