Executor de Marielle Franco entregou valiosas informações para amenizar condenação

O executor da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, Ronnie Lessa, recebeu benefícios após negociar o acordo de delação premiada firmado com a Polícia Federal e com a Procuradoria-Geral da República (PGR). O ex-policial militar concordou em conseguir uma unificação de sentenças, de modo a revelar os mandantes dos assassinatos.

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Devido ao caso, o estabelecimento de uma pena total pode chegar a 30 anos de prisão. Lessa, agora, responde a dez ações penais, como por exemplo, é réu por dois duplos homicídios e tráfico de armas. Detido na Penitenciária Federal de Campo Grande, no estado de Mato Grosso do Sul, ele ainda poderá, se o acordo for homologado, cumprir a pena em unidade carcerária no Rio. 

Sendo assim, o Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde o caso tramitava antes, enviou o procedimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) depois das novas revelações, em função do entendimento de que seria o foro adequado.

Prisão

Preso em março de 2019, Lessa participou das mortes de Marielle e Anderson. Por meio da delação do também ex-policial militar Élcio de Queiroz, ele é indicado como autor dos disparos que mataram a vereadora e o motorista. O indivíduo foi expulso da corporação e condenado, em 2021, a quatro anos e meio de prisão pela ocultação das armas.