Polícia

Franceses se mobilizam para tentar encontrar brasileira desaparecida há 9 dias

Divulgação/Association Femmes de la Résistance
Brasileira desaparecida teria discutido com vizinha antes do sumiço  |   Bnews - Divulgação Divulgação/Association Femmes de la Résistance

Publicado em 15/05/2023, às 17h30   Cadastrado por Sanny Santana


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Franceses estão se mobilizando para encontrar Fernanda Santos Oliveira, brasileira que desapareceu no dia 6 de maio, em Paris, na França. O caso é acompanhado pela Associação Mulheres na Resistência, de Paris. 

Entre as ações realizadas estão a criação de um grupo de WhatsApp para troca de informações e um novo mutirão para procurar a brasileira, que será realizado na próxima quinta-feira (18). Outro foi realizado no sábado (13). 

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De acordo com Nellma Barreto, presidente da associação que acompanha o caso, Fernanda teria tido uma discussão violenta com uma de suas vizinhas antes de desaparecer e acredita que ela poderia estar sofrendo assédio no trabalho.

Um grupo de voluntários foi criado para procurar a brasileira em hospitais e no Instituto Médico Legal (IML) nesta segunda-feira (15), mas até agora não há qualquer pista sobre o paradeiro da brasileira.

Fernanda morava em Paris havia nove meses. Ela trabalhava em um conhecido restaurante português da rede Pedra Alta e morava sozinha, no sétimo distrito da capital francesa.

Discussão

Uma colega de trabalho, que manteve o anonimato, afirmou à RFI que encontrou Fernanda pela última vez na quarta-feira (3). Segundo ela, a mulher estava abatida.

A colega foi a primeira a notar a audência da amiga, já que haviam combinado de almoçar juntas na segunda-feira (8), e chegou a alertar à chefe do estabelecimento que trabalharam, mas afirma que "ela não se preocupou na hora".

Ela então decidiu ir até o domicílio da colega com outro empregado do restaurante e amigo da brasileira. Ao chegarem ao apartamento, viram que todas as roupas de Fernanda estavam no armário e que o único documento que faltava era o seu passaporte. Ao lado da cama, encontraram dois celulares, um antigo e o que ela estava usando na França. Também sentiram falta do patinete que, segundo a amiga, Fernanda tinha acabado de comprar.

Fernanda pediu ajuda à amiga para encontrar um trabalho e tinha uma entrevista de emprego na quinta-feira, mas não compareceu.

Uma das últimas pessoas a encontrar Fernanda teria sido uma de suas vizinhas, no sábado de seu desaparecimento, com quem a brasileira teve uma violenta discussão.

De acordo com a vizinha, Fernanda teria apertado o braço dela com força e depois agredido a mãe da dona do apartamento onde mora. Os bombeiros foram chamados, mas ela disse para os agentes que se sentia bem e que não tinha problemas. "Para mim isso é uma surpresa. Nunca vi a Fernanda com esse comportamento", afirmou a amiga.

A brasileira desaparecida tem um filho de 23 anos, que está em Sorocaba, e dois netos.

De acordo com a irmã, ela trabalhava em outros dois lugares, além do restaurante português, e também fazia cursos de francês. No momento, Fernanda vive e trabalha de maneira ilegal na França.

Nellma Barreto suspeita que Fernanda poderia estar sofrendo assédio sexual no trabalho, algo comum entre brasileiras que estão em situação ilegal no país.

Nellma Barreto revelou que a associação recebeu uma "mensagem bizarra, de um homem muito estranho que disse que sabia onde ela estava e que ela estava bem". A mensagem foi encaminhada para a polícia.

A Polícia Judiciária está investigando o caso. O consulado do Brasil em Paris disse à RFI que continua as buscas diárias junto às instituições francesas e acompanha a família de Fernanda.  

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