Polícia

Homem é preso por extorquir governadores e autoridades que acessavam pornografia na internet; entenda

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Conteúdo pornográfico vendido na internet incluía material infantil e zoofilia  |   Bnews - Divulgação Divulgação/PCDF

Publicado em 28/12/2023, às 13h16   Cadastrado por Sanny Santana


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Um homem foi preso em Feira de Santana, a cerca de 100km de Salvador, durante uma operação policial, ocorrida nesta quinta-feira (28), contra um grupo suspeito de extorquir autoridades, servidores públicos, entre outras pessoas, que pagavam para acessar grupos de compartilhamento de material pornográfico pela internet.

A operação, intitulada Cyber Shield, também procura por outro investigado, que é considerado foragido no estado. A ação foi deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal e conta com o apoio das polícias civis de São Paulo e da Bahia, além do Ministério da Justiça.

Foram cumpridos, ao todo, 10 mandados, sendo cinco de prisões temporárias e cinco de busca e apreensão em Pirituba (SP), São Paulo, Feira de Santana e Salvador. Além da prisão na Bahia, outras três pessoas foram detidas em São Paulo.

Os principais alvos do grupo criminoso eram governadores, secretários estaduais e funcionários públicos que atuam em cargos importantes no Distrito Federal, além de seus parentes. Segundo a polícia, algumas das vítimas chegaram a fazer transferências de até R$ 20 mil para os criminosos. Os materiais pornográficos incluíam ainda conteúdo infantil e zoofilia.

O delegado Eduardo Fabro, que atua em Brasília, detalhou que o grupo atraía as vítimas por meio do Telegram, vendendo pacotes ou supostos pacotes de conteúdo adulto. O comprador, então, deixava registrado seus dados bancários.

Os suspeitos usavam data brokers, que são empresas que coletam informações pessoais sobre consumidores e as vendem para profissionais de marketing e outros negócios. Com isso, eles tinham acesso aos dados pessoais das vítimas.

Após isso, os criminosos passavam a ameaçar a divulgar os dados das vítimas na internet caso não houvesse pagamento de certa quantia.

As investigações apontam que o grupo identificava a vítima e buscava dados sobre ela com base em informações sigilosas de sistemas de polícias estaduais. Em seguida, durante conversas com esses alvos, os suspeitos exigiam transferências via Pix.

A Polícia Civil aponta que os suspeitos podem responder por crimes de organização criminosa, extorsão e invasão de dispositivo informático.

As pessoas que procuraram a polícia para denunciar a extorsão também vão ser investigadas. Caso tenham baixado ou compartilhado material pornográfico, elas podem responder por crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

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