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Justiça revoga prisão de funcionário do Atakarejo

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O jovem de 22 anos contou que estava escondido desde que sua prisão foi decretada e aguardava seus advogados provarem sua inocência   |   Bnews - Divulgação Reprodução/ RecordTV Itapoan

Publicado em 21/07/2021, às 15h18   Redação BNews


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A Justiça revogou a prisão temporária de um funcionário do supermercado Atakarejo que aparecia, nas gravações do circuito interno de segurança, com o termômetro na mão enquanto Bruno Barros da Silva e Yan Barros da Silva estavam contidos em uma sala da unidade localizada no Nordeste de Amaralina, no último dia 26 de abril.

Em entrevista ao Balanço Geral nesta quarta-feira (21), o jovem de 22 anos contou que estava escondido desde que sua prisão foi decretada e aguardava seus advogados provarem sua inocência para conseguir revogar a prisão. Ele disse que, enquanto as vítimas estavam na salinha do mercado, seu papel foi apenas pedir calma aos envolvidos para tentar conter a situação. 

Bruno e Yan, que eram tio e sobrinho, foram mortos por traficantes do Nordeste de Amaralina após tentarem furtar pedaços de carne do Atakarejo.

Há dois anos no mercado, o funcionário acrescentou que agora quer apenas seguir sua vida, voltar a trabalhar e conviver com seus filhos e familiares. 

O advogado do jovem, Thales Bezerra, disse que o momento é de celebrar a revogação da prisão, pois a “justiça foi feita” e seu cliente pode voltar para seu lar, pois estava sendo “caçado como um meliante, mesmo sendo inocente” e teve “sua liberdade cerceada”.

“Provamos nos autos e, diante do clamor social, a inocência do meu cliente. Ele não foi denunciado. Conseguimos também a ausência dele no hall de denunciados. Se necessitar, ele pode ser ouvido pela Justiça como testemunha. Ele nunca teve nada a ver com as mortes. Foi uma prisão arbitrária, descabida, sem embasamento algum. Faltou cautela no momento de pedir a prisão sem ouvi-lo”, definiu o advogado. 

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