Polícia

"Me abusou com os dedos. Tive medo e nojo", diz mulher sobre estupro em entrevista de emprego no Aeroporto

Reprodução/TV Globo
A mulher contou que o recrutador, depois de mostrar que tinha uma arma no pênis, mandou ela colocar um canivete entre os seios e baixou a calça da vítima  |   Bnews - Divulgação Reprodução/TV Globo
Camila Vieira

por Camila Vieira

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Publicado em 07/07/2023, às 17h50


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O desabafo de uma das quatro mulheres que denunciaram ter sido estupradas durante uma seleção para a vaga de agente de proteção numa empresa terceirizada do Aeroporto do Recife disse, traz detalhes da prática do abusador.

Em entrevista exclusiva à TV Globo, ela contou que o recrutador, depois de mostrar que tinha uma arma no pênis, mandou ela colocar um canivete entre os seios e baixou a calça da vítima antes de abusá-la sexualmente.

O ato teria sido realizado sob o pretexto de simular uma revista íntima para identificação de drogas em passageiras. "Não tive como me defender porque não tive ação. Na minha cabeça, eu queria morrer. Naquele momento, eu me senti vulnerável, incapaz de fazer qualquer coisa", declarou.

A vítima detalhou que, após baixar a calça e tocar nas partes íntimas dela, o homem a puxou pelo braço e empurrou numa mesa. "Levantou minhas pernas e continuou mexendo em mim. Me abusou com os dedos Eu não sentia nada, eu só sentia raiva, eu só sentia medo e nojo", afirmou.

O crime teria sido praticado no dia 29 de junho. Ela disse que soube da vaga no grupo de WhatsApp de um curso de agente de proteção de aviação civil que fez recentemente e, poucos minutos depois de mandar o currículo, foi chamada por uma funcionária do RH da empresa GPS Predial Sistemas de Segurança Ltda. para a entrevista.

A vítima disse ainda que, no mesmo dia 29 de junho, foi à Delegacia da Mulher junto com a família para registrar queixa, mas, ao chegar à delegacia especializada, recebeu uma explicação de que a unidade não poderia registrar a ocorrência porque não se tratava de um caso "de âmbito familiar" e que ela deveria ir a uma outra delegacia.

Por esse motivo, a mulher se dirigiu à Delegacia de Boa Viagem, onde conseguiu fazer o boletim de ocorrência. As demais vítimas foram direto para a unidade, depois de serem orientadas por ela por telefone. A vítima disse ainda que ficou alarmada quando soube que o suspeito havia sido detido para prestar esclarecimentos e depois liberado.

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