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Polícia chilena investiga negligência no atendimento a brasileiros mortos

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Nesta segunda-feira (27), três pessoas da família irão para Santiago para reconhecer os corpos  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Redes sociais

Publicado em 25/05/2019, às 12h26   Redação BNews


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A hipótese de negligência no atendimento aos turistas brasileiros que morreram asfixiados no Chile está sendo apurada pela polícia, assim como os responsáveis pela tragédia. Na sexta-feira (24), os oficiais chilenos admitiram ter recebido um pedido de socorro da família por volta das 13h. No entanto, o policial enviado para atender a emergência não teria encontrado o endereço e voltou.

Somente às 17h a polícia chegou ao apartamento, após o cônsul adjunto do Brasil no Chile fazer um novo contato, mas todas as seis vítimas já estavam mortas. Em áudios enviados a familiares, Débora Muniz Nascimento de Souza, 38 anos, disse que estava preocupada com a demora do socorro. 

Ela estava no Chile junto ao marido Fabiano de Souza, de 41 anos, aos dois filhos adolescentes Karoliny, de 14 anos, e Felipe, de 13, ao irmão Jonathas Nascimento Kruger, de 30 anos, e da cunhada Adriane Kruger. Eles morreram após a inalação de gás em um apartamento alugado pela plataforma Airbnb.

No primeiro áudio, enviado a uma irmã, Débora chora e conta que o filho está "roxo". Ela pergunta se colocando-o em uma banheira com água quente conseguiria reanimá-lo. "Eu não sei o que fazer", avisou a mãe.

Em outra gravação, ela relata que os outros familiares também estavam com os mesmos sintomas, como fraqueza e vômito. "As minhas articulações também estão parando e ficando roxas", disse Débora. Ela acreditava que todos tinham sido contaminados por algum vírus. "Acho que nós todos vamos morrer", acrescentou.

Eles voltariam ao Brasil antes do previsto, pois foram avisados da morte da mãe de Débora e Jonathas, que faleceu horas antes da tragédia com o gás. Os brasileiros estavam em Santiago desde o domingo (19) para comemorar os 15 anos de Karoliny. 

Depois das mortes, o serviço de eletricidade e combustível do Chile, responsável por fiscalizar as instalações de gás, mandou interditar vários apartamentos do prédio em questão. Nesta segunda-feira (27), três pessoas da família irão para Santiago para reconhecer os corpos, já que a lei chilena exige que isso seja realizado por um parente de primeiro grau.

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