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Operação Bulário: grupo empresarial é suspeito de sonegar milhões de reais na Bahia

Divulgação/Polícia Civil
Grupo empresarial suspeito de sonegar impostos atua no ramo farmacêutico  |   Bnews - Divulgação Divulgação/Polícia Civil

Publicado em 15/12/2022, às 06h41   Cadastrado por Vinícius Dias


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A manhã começou com a deflagração de uma operação que cumpre mandados de busca e apreensão na cidade de Feira de Santana, na Bahia, contra um grupo empresarial do ramo farmacêutico que é acusado de sonegar milhões de reais em impostos.

Batizada como 'Bulário', um trocadilho com a palavra bula, a operação faz parte da força-tarefa de combate à sonegação fiscal na Bahia composta também pelo Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal – (GAESF), do Ministério Público do Estado da Bahia, Inspetoria Fazendária de Investigação e Pesquisa (INFIP), da Secretaria da Fazenda.

"Identificamos diversas fraudes à fiscalização tributária praticadas pelas empresas, eles utilizavam-se de laranjas no quadro societário do empreendimento, cujas pessoas jurídicas utilizadas eram posteriormente abandonadas e imediatamente sucedidas por outras, no mesmo seguimento de mercado, deixando para trás valores expressivos em débitos tributários de ICMS", explicou a delegada titular do Dececap, Márcia Pereira.

A pedido da força-tarefa, a Justiça determinou o bloqueio dos bens de pessoas físicas e jurídicas envolvidas, a fim de garantir a recuperação dos valores sonegados.

Segundo o Ministério Público, a ação promovia a a blindagem patrimonial dos verdadeiros gestores do grupo. Segundo a força-tarefa, as atividades do grupo se estendiam para fora do estado, como forma de dificultar a fiscalização e sonegar mais tributos. A investigação apontou indícios de sucessão empresarial voltada a uma continuidade delitiva.

O bloqueio dos bens de pessoas físicas e jurídicas envolvidas foram solicitados ao Judiciário. "A intenção é a recuperação dos valores sonegados. Durante a investigação, descobrimos que o grupo também se estende a outro Estado da Federação, como manobra adotada para embaraçar a fiscalização", apontou a delegada.

Ao todo, mais de R$35 milhões de reais foram sonegados em tributos pelo grupo.

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