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Operação da PF prende sócios de organização de saúde e apreende carros de luxo; Saiba mais

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Operação da PF desarticula esquema de desvio de recursos públicos na saúde em Maricá  |   Bnews - Divulgação Divulgação/Polícia Federal

Publicado em 27/02/2024, às 20h25   Cadastrado por Marco Dias


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A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (27) a Operação Salus, que investiga o desvio de R$ 71 milhões em recursos públicos da Secretaria Municipal de Saúde de Maricá, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro. A informação é do portal O Globo. 

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A ação mira a atual secretária de Saúde, Solange Regina de Oliveira, a ex-secretária Simone da Costa, servidores públicos e empresários do Instituto Gnosis, organização social que gerenciava a atenção primária à saúde do município. 

A PF cumpriu 14 mandados de busca e apreensão em Maricá, Rio de Janeiro e Niterói. Entre os alvos estão a sede da prefeitura, o Hospital Municipal Ernesto Che Guevara e as casas dos investigados. Seis carros de luxo, incluindo um Porsche Macan, foram apreendidos como possível indício de lavagem de dinheiro.

A investigação teve início a partir de um relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que identificou indícios de irregularidades no contrato entre a Prefeitura de Maricá e o Instituto Gnosis. Segundo o TCE, o contrato inicial de R$ 239 milhões foi ampliado para R$ 600 milhões por meio de aditivos, sem a devida justificativa.

Os crimes investigados pela PF são peculato, desvio de dinheiro público, falsidade ideológica, corrupção passiva e lavagem de capitais. O delegado Adriano Spindola, responsável pela investigação, destacou a falta de transparência na gestão do contrato e a fragilidade dos mecanismos de controle.

A Prefeitura de Maricá disse que "tem total interesse em colaborar para o esclarecimento de quaisquer denúncias" e que a "aplicação correta dos recursos públicos é um princípio da administração".

Já o Instituto Gnosis afirmou que a operação causou "surpresa" e que a entidade "jamais sofreu qualquer medida de natureza criminal" em 10 anos de existência.

Em 2020, o Instituto Gnosis foi citado pelo Ministério Público Federal (MPF) como uma das organizações sociais que alimentavam a "caixinha da propina" do governo de Wilson Witzel, ex-governador do Rio. A OS nega qualquer participação em esquema de propina.

A investigação da Operação Salus está em andamento e a PF não descarta a realização de novas operações.

Classificação Indicativa: Livre

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