Polícia

MP apura ação da polícia que resultou em 12 mortes na Estrada das Barreiras

Publicado em 10/02/2015, às 06h45   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Quatro promotores de Justiça foram designados para atuar em conjunto no inquérito que apura as circunstâncias da ação policial realizada na madrugada da última sexta-feira, dia 6, na Estrada das Barreiras, no bairro do Cabula, que resultou na morte de 12 pessoas. Atuarão no caso os promotores de Justiça Davi Gallo Barouh, que coordenará os trabalhos, José Emmanuel Araújo Lemos, Ramires Tyrone Carvalho e Raimundo Nonato Moinhos. A designação foi feita pelo procurador-geral de Justiça Márcio Fahel através da Portaria nº 213/2015, publicada no Diário da Justiça Eletrônico de hoje, dia 9. Na manhã da última sexta-feira, os promotores acompanharam os depoimentos do inquérito instaurado pela polícia.
Caso:
Doze pessoas morreram e três ficaram feridas durante uma troca de tiros entre bandidos e policiais da Rondesp (Rondas Especiais), na madrugada de sexta-feira (6), na estrada das Barreiras, no bairro do Cabula. A polícia informou que o tiroteio começou quando cruzou com cerca de 30 homens, que se preparavam para explodir caixas eletrônicos, na localidade conhecida como Vila Moisés. 
Em nota, a PM disse que os policiais reagiram após serem recebidos a tiros pelos bandidos e verem que o sargento havia sido baleado de raspão na cabeça. O PM foi socorrido, medicado e liberado. Com os criminosos foram encontradas 16 armas, muitas de calibre restrito com carregadores alongados, e farta quantidade de droga.
Anistia Internacional:
A Anistia Internacional (AI) encaminhou nota à imprensa informando que vai cobrar do Governo do Estado uma “investigação minuciosa, independente e célere da operação”. Segundo a nota, relatos iniciais contestam a versão oficial da polícia e apontam indícios de execuções sumárias.
Ao longo dos últimos meses, a Anistia afirmou ter recebido denúncias sobre supostas abordagens abusivas da Rondesp, com relatos de uso excessivo da força, desaparecimentos forçados e execuções sumárias. Um deles é o caso de Davi Fiúza, adolescente de 16 aos, que desapareceu no dia 24 de outubro de 2014, no bairro de São Cristóvão, em Salvador. O adolescente foi supostamente abordado por policiais militares da Rondesp e do Peto (Pelotão de Emprego Tático Operacional).

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