Polícia

Filho de prefeito acusado de espancar a esposa presta depoimento e é liberado

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O caso ocorreu na última terça-feira (8), no apartamento de Clara, em Santo Antônio de Jesus  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 15/05/2018, às 20h22   Redação BNews


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O delegado Edilson Magalhães, coordenador da Polícia Cilvil de Santo Antonio de Jesus-BA, está responsável pelo caso de violência doméstica contra a estudante de Direito, Clara Emanuele Santos Vieira. O acusado, Filipe Fernandes Pedreira, filho do prefeito de Salinas da Margarida, que é casado com a vítima, já prestou depoimento e foi liberado.

O caso ocorreu na última terça-feira (8), no apartamento de Clara, em Santo Antônio de Jesus, onde estuda, conforme publicou o BNews nesta terça-feira (15). A situação foi tão extrema, que a jovem precisou conversar com a reportagem via WhatsApp, pois não estava conseguindo ouvir direito pelo telefone por causa das pancadas.

Ao BNews, Clara, que é filha do prefeito de Muniz Ferreira, contou que estava separada de Felipe há 15 dias por conta de outra agressão que tinha sofrido em Milagres. Em seu depoimento à polícia, ela explicou que foi agredida pelo marido e ele teria atirado na parede da casa para assustá-la.

Já no dia 8, Clara explicou que estava em casa estudando e o suspeito chegou a acusando de ter outro. Segundo a jovem, o marido a espancou com socos e chutes, feriu seus dedos das mãos com uma faca e cortou seus cabelos. Durante as agressões, ele a teria xingado e ameaçado de morte. 

Uma vizinha, que ouviu os pedidos de socorro, chamou a polícia. Ainda de acordo com o depoimento de Clara, assim que a PM chegou, ela foi obrigada a negar as agressões e disse à polícia que estava tudo bem. Após a guarnição sair, ela continuou sendo agredida com socos por todo o corpo. Além disso, Filipe a mordeu várias vezes, até que ela conseguiu fugir e se abrigar na casa da vizinha, onde esperou o pai ir buscá-la.

Mais tarde, o suspeito foi até a casa da família de Clara, onde agrediu o pai da vítima e usou spray de pimenta, que atingiu o filho do casal. O menino precisou ser socorrido ao hospital.

Clara explicou que vivia um relacionamento abusivo durante três anos, entre namoro e casamento, e que sempre apanhava do marido, mas nunca tinha coragem de denunciar. A jovem prestou queixa na delegacia de Santo Antônio de Jesus e conseguiu uma medida protetiva, que ele não pode se aproximar dela e do filho, por três meses.

A delegada da 4ª Coorpin de Santo Antônio de Jesus, Patrícia Jaques, comentou sobre o caso. De acordo com o site Voz da Bahia, a delegada, que é responsável pelos casos de violência doméstica na região, já foi decretado as medidas de proteção a vítima, “nós estamos no intercorrer das investigações, a autoria, materialidade comprovada através de exames, vistoria no imóvel que estou aguardando o laudo da Polícia Técnica, para me informar a respeito dos detalhes dessa ocorrência. Hoje fui intimada pelo oficial de justiça de que foi concedida as medidas protetivas para a senhora Clara Emanuelle, dentre elas a proibição do acusado se aproximar 100 metros da vítima, dentre outros. Clara veio aqui atermar outras declarações, hoje ela se sente mais confortável após a decretação das medidas protetivas e também agradeceu nossa atuação”. 

De acordo a delegada, “a justiça pode decretar prisão, mas hoje, a consequência maior será se o acusado ferir as medidas de proteção, vai ser preso em flagrante. A motivação da violência foi ciúmes por parte do agressor”.

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