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Offerus: PF apreende arma e quase R$ 1 milhão em casa de praia de empresário em Guarajuba

Divulgação/PF-BA
Bnews - Divulgação Divulgação/PF-BA

Publicado em 21/08/2018, às 12h13   Redação BNews*


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A Polícia Federal apreendeu mais de R$ 850 mil em espécie na cada de praia do empresário alvo da operação Offerus. Dois veículos de luxo também foram apreendidos. A ação foi deflagrada com o objetivo de desarticular um esquema criminoso de fraude a licitações, superfaturamento, desvio de recursos públicos, corrupção ativa e passiva e lavagem de ativos envolvendo a contratação do serviço de transporte escolar nos municípios de Salvador, Alagoinhas, Casa Nova, Conde, Ipirá, Jequié e Pilão Arcado.

Durante coletiva de imprensa, a delegada da Polícia Federal, Luciana Matutino, informou que a força-tarefa em conjunto com a Controladoria Geral da União (CGU) apreendeu uma arma no endereço do empresário de prenome Alex em Guarajuba, no município de Camaçari.

"Ele era o grande beneficiado do esquema. Foram apreendidos veículos de luxo, documentos, celulares e equipamentos de informática que estão sendo analisados", disse a delegada. Ela informou também que houve ação controlada que flagrou o empresário movimentando dinheiro de propina. "Temos atas de reuniões com prefeitos onde todo o esquema era acertado com os pregoeiros municipais", contou. 

Na operação, os prefeitos de Ipirá, Marcelo Brandão, e de Pilão Arcado, Manoel Afonso, foram afastados. 

A Justiça determinou ainda o bloqueio de R$ 38 milhões em valores e bens pertencentes aos investigados, sendo esse o valor do superfaturamento e do desvio apurado em auditorias realizadas pela CGU em apenas dois dos municípios investigados, Alagoinhas e Casa Nova.

Conforme constatado durante as investigações, iniciadas em 2017, as licitações eram direcionadas para beneficiar um grupo de empresas pertencentes ao mesmo empresário, que terceirizava integralmente a execução dos contratos para motoristas locais a preços inferiores, apropriando-se da diferença, que lhe rendia cerca de 300 mil reais mensais. 

Parte desse valor era utilizado para pagamento de propina aos servidores públicos envolvidos no esquema.

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