Polícia

Operação Piloto: empresário ligado a Beto Richa é alvo da PF na Bahia

Marcelo Camargo/Agência Brasil
A PF esteve no apartamento de Zé Maria no Edifício Victoria Tower, no Corredor da Vitória, em Salvador, em uma casa dele Praia do Forte e na sua residência em Curitiba  |   Bnews - Divulgação Marcelo Camargo/Agência Brasil

Publicado em 11/09/2018, às 12h29   Redação BNews


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O empresário José Maria Ribas Muller, ligado ao ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB), foi alvo de mandado de busca e apreensão da Operação Piloto, deflagrada pela Polícia Federal nesta terça-feira (11), em Salvador e Curitiba.  

A PF esteve em seu apartamento no Edifício Victoria Tower, no Corredor da Vitória, em Salvador, em uma casa dele Praia do Forte e na sua residência em Curitiba, conforme informações do Correio da Bahia. 

Documentos e computadores foram levados para a sede da PF em Salvador no Comércio.  A ação faz parte da operação Lava Jato que teve atuações na Bahia, São Paulo e Paraná.

O objetivo é investigar o envolvimento de funcionários públicos e empresários com a empreiteira Odebrecht no favorecimento de licitação para obras na rodovia estadual PR-323.

Zé Maria é fundador da Tucumann, empresa que atua nas áreas de construção civil de grande porte, terraplanagem, drenagem, pavimentação, saneamento básico e projetos de engenharia, que hoje é associada a um grupo de empresas brasileiras e argentinas e participou da licitação do Programa de Concessão de Rodovias do Estado do Paraná: Anel de Integração. 

Caso Banestado -  Em 2009, a 2.ª Vara Criminal Federal condenou Zé Maria, mais os empresários Sergio Fontoura Marder e Maria Cristina Ibraim Jabur, acusados pelo Ministério Público Federal de participação em crime de gestão fraudulenta e corrupção. 

Eles foram denunciados pelo envolvimento na obtenção de empréstimos irregulares junto ao extinto Banestado, no valor de US$ 3,5 milhões. Para Zé  Maria, que também foi denunciado por crime de evasão de divisas, a pena foi de oito anos e oito meses de prisão.

Os demais foram sentenciados a sete anos e quatro meses de reclusão. Os empresários recorreram da sentença em liberdade. Na sentença, o juiz Sérgio Moro citou que os empresários foram beneficiados por empréstimos concedidos pela agência do Banestado, na Ilha de Grand Cayman, no Caribe.

E concluiu que as empresas Tucumann Engenharia e Empreendimentos Ltda., Redram Construtora de Obras Ltda. e Jabur Toyopar Importação e Comércio de Veículos Ltda. obtiveram os empréstimos em troca de doações a campanha eleitoral do ex-governador Jaime Lerner, em 98, quando ele foi reeleito para o cargo. A Tucumann e a Redram contribuíram com US$ 200 mil e a Jabur com US$ 131 mil.

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