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Com atraso de repasse, investidores da BinaryBit protestam em frente ao Greenville; veja vídeo

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O caso aconteceu na noite da última terça-feira (22)  |   Bnews - Divulgação Leitor/BNews

Publicado em 23/10/2019, às 11h40   Aline Reis


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Investidores da empresa BinaryBit, que atua no mercado financeiro, pela compra e venda de pares de moedas em transações, protestaram na noite da última terça-feira (22) em frente ao Greenville, condomínio onde reside Ricardo Toro, fundador do negócio. 

Os manifestantes alegam ter sofrido um golpe já que há mais de um mês não tem retorno da BinaryBit sobre os investimentos feitos e nem satisfação por parte dos sócios da empresa sobre o dinheiro empregado.  Fontes revelaram à reportagem que um dos sócios, Israel Soares saiu do Brasil com todo o dinheiro da empresa.

Leitores do BNews enviaram vídeo da ocasião. Nas imagens é possível ver muitos carros cercando a entrada principal do Greenville além da presença de viaturas da Polícia Militar (PM-BA). 

Assista aqui: 


Uma denunciante afirmou ao BNews quemuitas pessoas pegaram dinheiro emprestado em banco, como é o caso dela, esperando o retorno financeiro vendido pelos sócios, que chegava a 30% por mês. “No início às regras eram umas no intuito de angariar investidores. Depois, mudaram as regras e abaixaram a margem de porcentagem que poderíamos tirar por mês chegando a 0,3%, abaixo do prometido que tinha o mínimo de 1%. É um absurdo! Eu e meu marido pegamos R$ 30 mil emprestado no banco para investir e em pouco tempo já levamos prejuízo. O que faremos agora?”, questionou a anônima. 

Confira a tabela: 


Recentemente, Ricardo Toro fez uma live para explicar os rumores de falência e acalmar os investidores. No vídeo ele fala que iria explicar detalhadamente como seriam feitos os saques atrasados, o empresário ainda dá um prazo de 48h para quitar os débitos. O estranho é que os comentários foram desativados, ou seja, não houve interação entre o público e Ricardo.  

Assista aqui: 


Para a anônima, é importante que os poderes públicos apoiem os quase 100 mil investidores lesados pela BinaryBit. “Fizemos uma pesquisa no YouTube e há relatos dos indícios de que o caminhar da empresa é característica de quebra. Pelo que vimos, todas as empresas que quebraram começaram da mesma maneira: suspendendo pagamentos, inventando produtos, articulando vídeos de esperança e justificativas vazias. Espero que os poderes públicos se sensibilizem com a situação”, lamentou a denunciante. 

Há uma página no Instagram criada por investidores da Binary onde relatam todos os passos e supostas fraudes sofridas.

Não é a primeira vez que a empresa de bitcoins se envolve em polêmicas. No último mês foram publicadas reportagens de veículos locais e nacionais sobre um suposto envolvimento em um esquema de pirâmide financeira. A acusação foi feita pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), autarquia ligada ao Ministério da Economia, responsável por fiscalizar o mercado de valores mobiliários de maneira a conciliar os interesses de investidores e empresas com ações negociadas na Bolsa de Valores. 

De acordo com o órgão, a Binary não é cadastrada nessa comissão, e por isso, atua de forma irregular. 

A CVM processou a Binary por usar indevidamente o nome do órgão regulador e de seu superintendente-geral, Alexandre Pinheiro dos Santos, para “transmitir aparência de credibilidade para possível esquema de fraude”. Isso por que dois vídeos foram publicados no YouTube, nos quais dava a entender que o superintendente participou da Convenção Mundial Binary Bit, realizada no último dia 17 de setembro, na Arena Fonte Nova, em Salvador. Ambos os vídeos foram postados no dia 14, três dias antes de o evento acontecer, e foram removidos logo depois.

Sobre essas acusações Toro se defendeu na imprensa e afirmo que “a empresa não tem esquema de pirâmide, mas sim pratica o ‘princípio da venda direta’”. 

Atualmente a Binary tem mais de 100 mil afiliados e um patrimônio de mais de R$ 100 milhões. Nas redes sociais e no site atribuídos à Binary Bit, a empresa atua em três “formatos”: portal de cursos para formação de traders que querem operar no mercado financeiro em operações binárias; fornecer equipe exclusiva de traders altamente capacitados para rentabilizar o investimento do afiliado e, por fim, o plano multicarreira de alta rentabilidade de seis meses de duração. 

Classificação Indicativa: Livre

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