Polícia

Humanizar para Proteger: Polícia Civil capacita agentes em atendimento específico a vítimas de violência

Roberto Viana/BNews
O projeto, optativo, é voltado para o acolhimento de pessoas em vulnerabilidade como: gays, lésbicas e transexuais  |   Bnews - Divulgação Roberto Viana/BNews

Publicado em 20/11/2019, às 17h41   Redação BNews


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O trabalho da Polícia Civil da Bahia (PC-BA) vai além da investigação de crimes e cumprimento de mandados de busca e apreensão e prisão. Segundo a delegada e diretora da Academia da Polícia Civil da Bahia (Acadepol), Heloísa Brito, também é realizado um preparo de capacitação dos policiais para desenvolver atendimento a vítimas de violência com escuta qualificada. “A ideia é que a gente consiga sensibilizar o policial para essas temáticas. Ele tem que entender a importância do conteúdo enquanto um agente de segurança e modificador”, explicou.  

Ainda conforme a diretora da Acadepol, o projeto, optativo, é voltado para o acolhimento de pessoas em vulnerabilidade como: gays, lésbicas e transexuais. Por isso, os agentes são instruídos para atender de forma humanizada.  Atrelado a esse trabalho, a Polícia Civil propõe novos métodos de abordagem com as vítimas através da “comunicação não violenta”, para que seja estabelecido diálogos isentos de comentários preconceituosos e agressivos, com o objetivo de colocar a vítima em uma nova situação de violência.  

Além disso, a delegada Heloísa Brito reitera a importância dos agentes em participar desses projetos. “Nossa profissão ouve muito. Ela precisa entender, subliminarmente, qual o canal de comunicação para chegar melhor na pessoa, porque as vezes a abordagem tem que ter de forma transversal, vezes a gente não pode ir direto ao ponto”, completou. Os policiais conhecem os cursos, que são realizados de forma opcional, por meio dos diretores e delegados titulares de cada delegacia. 

Formação do servidor público

Os 331 servidores, que estão iniciando na Civil, estão passando por um treinamento com oito módulos na Academia da Polícia Civil na Bahia (Acadepol), nos quais os agentes aprendem: gestão de Segurança Pública; investigação criminal; inquérito policial; organização e prática cartorial; comunicação, informática e telecomunicações em segurança pública; táticas policiais; ciclo de palestras; estágio supervisionado; e visita técnica. 

A Polícia Militar 

A instituição responsável pelo policiamento ostensivo na Bahia, a Polícia Militar (PM) atende a 417 municípios baianos. Com o efetivo atual de aproximadamente 32 mil homens e mulheres, que atuam 24 horas por dia para assegurar a ordem pública e segurança dos baianos, os agentes reduziram cerca de 6% o índice de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs), segundo o coronel Humberto Sturaro, comandante de operações da Polícia Militar da Bahia. O governo beneficiou, na primeira quinzena de novembro, com R$ 40 milhões os servidores pelos resultados.  

As atividades de combate a violência são realizadas através de rondas com viaturas, abordagens preventivas e operações específicas com o objetivo de coibir o cometimento de crimes, apreender drogas e armas de fogo. O policiamento é realizado por policiais militares embarcados em viaturas abrangendo uma localidade, um bairro, ou uma região. Para isso, a PM é estruturada em pelotões, Companhia Independentes de Polícia Militar (CIPM), Batalhões, que estão sob a responsabilidade de um comando regional. 

Além do suporte de viaturas, as ações são realizadas a pé, com a utilização de barco, cavalos, quadriciclos, motocicletas, entre outras modalidades. 

Ainda conforme a assessoria, a PM emprega as unidades especializadas como: O Batalhão de Polícia de Choque, Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Grupamento Aéreo (Graer), Batalhão Especializado em Policiamento de Eventos (Bepe), Batalhão Especializado em Policiamento Turístico (Beptur), Batalhão de  Polícia Rodoviária, a Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe), Companhia Independente de Polícia de Proteção Ambiental (Coppa), o Esquadrão de Polícia Montada, o Esquadrão de Motociclistas Águia e a Operação Ronda Maria da Penha.

A PM dispõe também das operações Gêmeos (coíbe roubos a ônibus), Apolo (coíbe roubos a veículos), Operação Ronda Escolar e Operação Ronda Universitária.

Investimento  

Em 2019, a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) investiu R$ 1,2 milhão em fuzis e espingardas, que serão distribuídas para unidades especializadas de combate ao crime organizado, além de reforçar a segurança das Coordenadorias Regionais na Bahia.  

A corporação recebeu 200 fuzis e espingardas, sendo no total de 100 fuzis de fabricação nacional e 100 espingardas italianas calibre 12 semiautomáticas. Além disso, foram importadas mais 10 mil pistolas da Áustria, que estão em processo de aquisição e devem somar aos armamentos. 

O secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa, informou também que serão entregues mais de 750 viaturas para as polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros e Polícia Técnica. 

Classificação Indicativa: Livre

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