Polícia

"Por qual motivo não vende o Centro de Convenções?", questiona estudante após ocupação do Odorico

Roberto Viana/ BNews
Manifestantes não deram indicativo de desocupação da escola  |   Bnews - Divulgação Roberto Viana/ BNews

Publicado em 21/01/2020, às 17h12   Leo Souza e Aline Damazio


FacebookTwitterWhatsApp

Durante ocupação dos colégio Odorico Tavares, no bairro do Corredor da Vitória, em Salvador, nesta terça-feira (21), Vinicius Calmon, diretor Nacional da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, um dos líderes do movimento, questionou a motivação da venda do terreno da escola. “É uma unidade que querem vender para especulação imobiliária somente por que está em um dos metros quadrado mais caros de Salvador. Vender a educação para gerar lucro, não vamos admitir. Por qual motivo não vende o Centro de Convenções, na Boca do Rio?”, diz.

Além das perguntas sobre o real motivo de negociação do terreno da escola, os estudantes acusaram os policiais militares de invadirem o Colégio Estadual Odorico Tavares, após a ocupação por parte dos alunos.

De acordo com os estudantes, a ação aconteceu enquanto alguns funcionários do colégio permaneciam na parte interna da unidade de ensino durante a ocupação. “A polícia arrombou correntes e cadeados dos portões. Eles [policiais] tentaram invadir, quando os funcionários saíram. Nós jogamos cadeiras e mesas do portão da frente, mas funcionários da secretaria de Educação estão na frente do colégio querendo entrar”, revela um dos representantes, que preferiu o anonimato. 

Já Vinicius Calmon, diretor Nacional da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, informou o motivo da ocupação. “Para protestar contra o sucateamento das escolas. Eles [governo] falam em construir a escolas nas comunidades, mas não acontece. Por exemplo, o Colégio Estadual São Daniel Comboni, em Sussuarana, que era a única escola dentro da comunidade foi fechada e os alunos encaminhados para Escola Estadual Bolívar Santana. O resultado foi [nós] precisarmos dialogar com o integrantes do tráfico para deixar os jovens estudarem no local. E até hoje nada de escola nova”, diz.

Segundo os estudantes mobilizados, a ocupação deve continuar sem indicativo de desocupação da escola. Alguns vizinhos, pais e estudantes prometem doar alimentos e água para manter os jovens no local.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp