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Elias Maluco deixou cartas para a família antes de morrer, afirma Polícia Federal

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Os papéis foram localizados durante o exame pericial na cela em que ele foi encontrado morto  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ TV Globo

Publicado em 23/09/2020, às 22h08   Redação BNews


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A Polícia Federal de Foz do Iguaçu (PR) declarou, nesta quarta-feira (23), ter encontrado cartas escritas por Elias Maluco para os familiares. Os papéis foram localizados durante o exame pericial na cela em que ele foi encontrado morto, no dia anterior, no presídio de segurança máxima de Catanduvas.

O delegado da PF Daniel Martarelli disse que o traficante escreveu que não tinha mais vontade de viver e pediu perdão para a família. “Afirma que não é um ato de covardia, mas sim um ato de coragem e que ele se sente pronto para realizar esse tipo de ato”, revelou o delegado.

O policial contou que não há citação nas cartas sobre ameaças ou qualquer outra motivação para o suicídio. “Diante daquilo que foi apurado até o momento, das cartas, do exame e demais circunstâncias fica claro que é um caso de suicídio”, apontou Martarelli.

De acordo com o Metrópoles, o laudo preliminar do IML (Instituto Médico Legal) assinala morte por enforcamento. No entanto, o laudo definitivo ainda irá sair. 

Enquanto isso, a PF tem investigado a morte de Elias, ouvindo agentes penitenciários e analisando câmeras de vigilância. Ele foi achado pendurado com um lençol no pescoço.

“A cela estava bem organizada, cama arrumada, ele havia recebido a refeição na hora do almoço e comeu normalmente. Tudo estava organizado, os livros, as cartas, a toalha estava pendurada na parede e ele estava pendurado no fundo da cela”, descreveu o delegado.

O corpo do ex-detento continua no IML de Cascavel e só será liberado com a autorização de familiares. De lá, ele deve ser levado para o Rio de Janeiro, onde será velado e sepultado.

Em setembro de 2002, Elias Maluco, cujo nome é Elias Pereira da Silva, foi preso acusado do assassinato do jornalista Tim Lopes. Apontado como um dos líderes do Comando Vermelho e traficante muito importante no Rio, ele tinha 54 anos e era suspeito de matar mais de 60 pessoas.

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