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Condenado por violentar 13 homens, "tarado do parque" foi estuprado quando criança

Reprodução // Polícia Civil DF
Visto como pacato e acima de qualquer suspeita, o criminoso violentou sexualmente pelo menos 13 homens desde 2008   |   Bnews - Divulgação Reprodução // Polícia Civil DF

Publicado em 17/10/2020, às 11h11   Redação BNews


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Durante 12 anos, o cozinheiro João Batista Alves Bispo, 41 anos, conhecido como Tarado do Parque, explorou a perversidade em ataques contra 13 homens que foram estuprados por ele. Os abusos alimentavam, em seu íntimo, uma sensação doentia de poder e dominação, segundo publicação do Metrópoles. 

A facilidade para subjugar suas presas o transformou em um dos estupradores em série que agiu por mais tempo no Distrito Federal, tendo feito sua primeira investida ainda em 2008. O maníaco foi preso em 7 de outubro deste ano, após intensa investigação conduzida pela 1ª Delegacia de Polícia.

Depoimentos prestados por João Batista e analisados por criminólogos ajudam a entender seu perfil psicológico. Os documentos trazem análise de fragmentos de seu passado e indicam comportamento antissocial, que pode ter sido agravado por traumas, entre eles a violência sexual sofrida quando ainda era criança.

O criminoso contou ter sido estuprado por um homem quando tinha 12 anos.

Com pouca instrução, o cozinheiro se especializou em trabalhos domésticos e, por onde passou, era visto pelos companheiros como um funcionário tranquilo e confiável, mas extremamente silencioso. Antes de ser detido, o maníaco sexual trabalhava em um restaurante na Asa Sul temperando frangos servidos na chapa. “Ninguém imaginava que por trás de uma pessoa aparentemente inofensiva e de fala mansa havia um maníaco sexual”, contou um dos empregados do estabelecimento.

Na avaliação dos investigadores da Polícia Civil que apuram o caso, acima de todas as classificações possíveis, sustenta-se a certeza de que, entre outros traços, o Tarado do Parque desprezava a condição humana das vítimas. 

De acordo com o delegado adjunto da 1ª DP, Maurício Iacozzilli, o criminoso sexual negou a participação em todos os 13 estupros já identificados pela PCDF. “Ele fantasiava situações, dizendo que os ataques haviam sido praticados pelo seu ex-namorado e que os pertences das vítimas encontrados em sua casa teriam sido esquecidos lá pelo ex-companheiro”, disse.

O maníaco não tinha namorado e, segundo as apurações, “ele não tem amigos nem familiares próximos. Vivia sozinho em Planaltina e se mudava de residência com frequência”, explicou o delegado.

Classificação Indicativa: Livre

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