Após dois anos sem solução, o crime que chocou a capital baiana foi desvendado no dia 18 de maio, após a prisão de Claudomiro César Ferreira Santana, Cassio Antonio Cerqueira Santana, Wagner Luis Lopes De Souza, Edilson Duarte De Araujo e Adailton Araújo De Jesus.
Claudomiro e Cássio, os mandantes do crime, são sócios da empresa Mastermed - plano de saúde dos rodoviários. Nesta segunda-feira (21), a polícia confirmou que Claudomiro - que também é dono do grupo Atakado, está custodiado na Polinter, juntamente com o irmão, Cássio. Já os executores - Wagner, Edilson e Adailton estão na sede do Batalhão de Choque.
O sindicato dos Rodoviários,
que decretou greve para esta quarta-feira (23), exigem a retirada da Mastermed da categoria. A permanênia da empresa fortalece ainda mais o movimento grevista.
A operação foi realizada feita por agentes do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) e da Companhia de Operações Especiais (COE), da Polícia Civil. Vinte e cinco viaturas e cerca de 120 policiais atuam na operação em diversos bairros de Salvador, entre eles o Corredor da Vitória, uma das áreas nobres da capital. Até as 9h30, a polícia não havia informado o número de pessoas presas.
O assassino César Santana
Dono de carros importados e grandes empreendimentos, César Santana vivia entre empresários e pessoas influentes da sociedade. Acima de qualquer suspeita, o mandante do crime era bem visto na alta cúpula da capital baiana.
A Mastermed
A Mastermed foi criada em 2001. Atualmente, a Mastermed possui uma carteira de atendimento de 79 empresas do segmento de transporte rodoviários, com cerca de aproximadamente 26 mil usuários. Inicialmente com sede em dias D´Ávila e escritórios em Salvador.
O caso
O crime aconteceu na noite de 29 de junho de 2010. O casal voltava para casa quando o carro em que estava foi atingido por tiros no bairro de Brotas, em Salvador. Os dois morreram na hora.
Colombiano era o responsável financeiro do Sindicato dos Rodoviários da Bahia, que possui mais de 14 mil associados, 80 diretores e 52 funcionários. A folha de arrecadação é estimada em R$ 5 milhões por ano, verba atingida apenas com as mensalidades dos sócios. Após os assassinatos, foram contratados seguranças e instaladas câmeras para filmagem na
sede da entidade.
