Após a morte da professora Andrea Borges, que levou um tiro no pescoço na frente do filho de quatro anos no bairro Vila Laura, muitos moradores estão reclamando da insegurança e ausência de policiamento na região. O caso aconteceu na manhã de domingo (4), em uma localidade considerada por muitos de classe média alta.
Procurada, a polícia afirma que a 58ª Companhia Independente da Polícia Militar da Bahia (CIPM) realiza rondas 24h na região em que o bairro está inserido e tem o apoio das unidades especializadas Apolo e Rondesp. A mesma Companhia ainda cobre outros quatro bairros: Matatu, Luis Anselmo, Santo Agostinho e Cosme de Farias. A Vila Laura está inserida na região de Brotas, que ainda recebe a cobertura da 26ª CIPM que também atende cinco bairros.
De acordo com a Polícia Civil, através da Secretaria de Segurança Pública, dados revelam que 636 veículos foram roubados nesta localidade em 2013, ficando atrás apenas de Tancredo Neves com 682 e Itapuã com 771 registros. Outros números chamam atenção como os de tentativa de estupro com 39 ocorrências e o índice de roubo a ônibus com 129. Este último fica atrás de Tancredo Neves com 167 e São Caetano com 148. Já as tentativas de homicídio foram registradas 41; a liderança é de Tancredo Neves, com 146 casos. As de homicídio doloso resultam 77 ocorrências. Vale ressaltar que os dados listados apresentam uma redução, exceto os casos de estupros, que saiu de 23 para 39. Os registros de 2014 ainda não foram revelados pela secretaria.
Para o major Fernando, comandante da 58ª CIPM, os números não são alarmantes considerando especificamente o bairro Vila Laura. “Esses números são de uma Área Integrada de Segurança que corresponde a Brotas inteiro. É um bairro muito grande, por isso esses números altos. Mas, não condiz com a realidade da Vila Laura”, diz ele, lembrando que os registros na 6ª Delegacia, que atende a região, são poucos. “Temos viatura 24h ali e na Ladeira dos Bandeirantes. Eu entendo o que aconteceu no domingo e por conta disso existe uma comoção. Mas, o fato isolado não traduz uma realidade que pra gente, a nível de segurança pública, não é verdade”.
Homenagem
