Polícia

Policial penal que matou tesoureiro do PT está sedado na UTI sem previsão de alta

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Ele matou a tiros o guarda municipal Marcelo Aloizio de Arruda, líder do PT no município  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Redes sociais

Publicado em 12/07/2022, às 17h56   Redação BNews


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O policial penal Jorge José da Rocha Guaranho continua sedado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Ministro Costa Cavalcante, em Foz do Iguaçu (PR), e sem previsão de alta, informou a Secretaria de Segurança Pública do Paraná na tarde desta terça-feira (12). Ele matou a tiros o guarda municipal Marcelo Aloizio de Arruda, líder do PT no município.

A vítima comemorava seus 50 anos numa festa que tinha como tema o PT e o ex-presidente Lula, no último sábado (9). O autor do crime teria passado de carro pelo local, do qual é diretor, ouvindo uma música relacionada ao presidente Jair Bolsonaro, o que teria desagradado o aniversariante e provocado a discussão entre eles que terminou na morte do petista. O policial pena invadiu o espaço e atirou contra Arruda, que também estava armado e revidou o tiro.

De acordo com a SSP, a expectativa da força-tarefa coordenada pela delegada Camila Cecconello é concluir o inquérito policial sobre o homicídio do guarda municipal daqui a exatamente uma semana, na terça-feira (19).

Segundo informações de O Globo, até a manhã de hoje oito pessoas já haviam prestado depoimento, incluindo familiares do autor do crime e testemunhas que estavam na festa de aniversário da vítima.

A mãe do agente penal sustenta o relato de uma testemunha apresentado inicialmente à Polícia Civil do Paraná de que seu filho ouvia música relacionada ao presidente, Jair Bolsonaro (PL), enquanto passava de carro na noite de sábado pelo edifício da Associação Recreativa Esportiva Segurança Física (Aresf), da qual seu filho é diretor. A declaração dela foi dada ao portal UOL nesta segunda-feira.

"Estamos sem chão. O que aconteceu tem a ver com extremismo e intolerância política. Eles não se conheciam, e nada mais explica essa tragédia", disse Dalvalice. "Se eu estivesse lá, teria tentado impedir que isso acontecesse. Mal consigo imaginar a dor da outra família. Não se discute sobre religião, futebol, e política. Ninguém ganhou nada com essa provocação, só houve perdedores"

Ainda segundo a reportagem, numa postagem de rede social, o professor Fábio Aristimunho relatou que Arruda tinha receio de que os policiais que se identificam com a política de esquerda seriam as pessoas mais propensas a se tornarem vítimas "em uma eventual escalada autoritária no país".

"Estivemos juntos, em maio, em uma mesa do evento 'Oficina da Juventude contra a Violência'. Na ocasião, ele falou que os policiais de esquerda, como ele, seriam as primeiras vítimas em uma eventual escalada autoritária no país, para que não dessem know-how à resistência democrática", narrou Aristimunho, descrevendo Arruda como "uma importante liderança local em Foz do Iguaçu". "Lamentavelmente, foi ele próprio o primeiro a tombar, num atentado político covarde, perpetrado num contexto de escalada da violência incentivada por um só lado. Caiu como um herói, que salvou outras vidas ao abater o invasor armado. Deixa um importante legado para a comunidade e saudades à família, amigos e companheiros de luta", ressaltou.

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