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Adriano da Nóbrega foi morto a tiros de fuzil e carabina, aponta DPT

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Miliciano suspeito de envolvimento na morte de Marielle Franco morreu em fevereiro, em confronto com a polícia baiana  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 26/08/2020, às 11h50   Aline Reis e Leo Barsan


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Laudos do Departamento de Polícia Técnica da Bahia (DPT) apontam que o miliciano Adriano da Nóbrega - suspeito de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco - morreu a tiros de fuzil e carabina disparados por uma equipe da Polícia Militar, durante operação em um sítio localizado em Esplanada, no nordeste baiano.

Em coletiva virtual nesta quarta-feira (26), o perito criminal José Carlos Montenegro detalhou o passo a passo da operação ocorrida na manhã de 9 de fevereiro deste ano. Em julho, uma reconstituição do caso foi realizada com a participação dos policiais militares envolvidos na ação. "As cenas foram montadas a partir da versão apresentada pelos PMs de forma individual e todas convergiram para o mesmo fato. A reprodução simulada ocorreu no mesmo horário, local e com ambientação climática igual à do dia da operação", destacou.

Segundo o perito, o cerco policial durou seis minutos e 30 segundos entre a chegada da equipe até o momento em que Adriano foi atingido. "Quando a equipe arrombou o imóvel após identiticar o suspeito, foi recebida a tiros. Houve revide e Adriano acabou atingido duas vezes. Um dos disparos foi dado por um tenente que portava um fuzil. Outro tiro partiu da carabina de um soldado do Bope", destacou.

A pistola 9 mm que Adriano portava foi recolhida pela equipe. Uma varredura no imóvel apreendeu celulares e outros objetos que foram encaminhados à perícia. De acordo com Montenegro, os policiais militares ainda socorreram Adriano para um hospital, mas ele não resistiu.

Adriano entrou para a PM no ano de 1996. Quatro anos depois, concluiu o curso de operações especiais do Bope. Na corporação, fez amizade com Fabrício de Queiroz, que trabalhou como assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), quando este foi deputado estadual.

Ele chegou a ser homenageado por Flávio com a Medalha Tiradentes, a mais alta honraria da Assembleia Legislativa carioca. A mulher e a mãe de Adriano, Danielle Mendonça da Costa da Nóbrega e Raimunda Veras Magalhães, trabalharam no gabinete do deputado estadual.

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