Polícia

Professor é investigado por usar um cinto para ameaçar aluno autista em sala de aula

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Segundo mãe do menino autista, ele não quer retornar para a escola após o trauma  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Record TV

Publicado em 28/09/2023, às 19h42   Cadastrado por Victória Valentina


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Um professor de uma escola estadual de Parelheiros, na zona sul de São Paulo, virou alvo de investigação por ameaçar um aluno autista, de 12 anos, com um cinto, dentro da sala de aula. A situação aconteceu no dia 14 de junho e foi testemunhada por outros dois funcionários da escola. As imagens que comprovam a ameaça foram divulgadas nesta semana.

Segundo a mãe da criança, Patrícia, o menino, por ser autista, tem direito a um professor auxiliar, que o acompanha nas atividades escolares. O profissional estava presente no momento da ameaça, mas não reagiu.

À TV Record, a mãe contou que percebeu uma mudança de comportamento no filho após o episódio. “Estava diferente. Estava sem voz, nervoso, pálido. Não falava coisa com coisa, estava muito confuso”, disse. Ainda segundo a mulher, o professor auxiliar contou que nada havia acontecido.

Patrícia só soube do episódio após uma mãe de uma outra aluna, que presenciou a atitude, contar para ela. Ela procurou a escola, que negou a ameaça.

Nesta semana, a mãe do menino recebeu as imagens internas da sala de aula. No vídeo, o menino é cercado por três funcionários da escola. Um deles, o suposto professor, aparece fazendo gestos com um cinto na mão e falando próximo ao rosto da criança.

Na sequência, outros alunos entram na sala e presenciam os gritos do professor. Após alguns segundos, ele deixa a sala.

Segundo Patrícia, o filho não quer voltar para a escola. Por ser doméstica e cuidar sozinha do filho, ela afirma que não está conseguindo trabalhar e não sabe como vai manter a casa. “A gente tem que escolher se vai comer, se vai pagar aluguel ou comprar remédio.”

Após a repercussão do caso, o professor, identificado como Luiz Carlos Reis, foi afastado. Ele é investigado por ameaça e injúria no 25º DP (Parelheiros). Já que o estudante é menor de idade, o caso também é tratado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente como submeter criança ou adolescente a vexame.

Classificação Indicativa: Livre

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