Saiba como gaúcho foragido da Interpol conseguiu retornar ao Brasil antes de ser preso

O gaúcho Fernando Luiz Doval Júnior, tido como o foragido mais procurado do Rio Grande do Sul, foi preso no último domingo (15) enquanto almoçava em um restaurante na praia da Barra da Tijuca. Ele é investigado pela polícia sulista por estar a frente de um esquema que trazia cargas de cocaína para o Brasil através de vias aéreas. O traficante geria a operação diretamente da Flórida, nos Estados Unidos, desde meados de 2022.

Doval conseguiu retornar ao Brasil recentemente, de forma clandestina, através da fronteira venezuelana, após deixar os EUA em um iate. A prisão dele foi realizada em um restaurante próximo ao condomínio de luxo que ele morava com sua família desde então, no Rio de Janeiro. 

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A operação montada para finalmente capturar Doval foi esquematizada no final de semana pelos policiais gaúchos, que vinham acompanhando os passos do foragido internacional. A oportunidade de efetuar a prisão surgiu quando ele foi almoçar com a família. À paisana, com camisas de times como Fluminense, Flamengo e Botafogo, os polícias entraram no estabelecimento e detiveram o homem.

Fernando Doval voltou ao Brasil depois que as forças policiais solicitaram a entrada de seu nome na lista de foragidos da Interpol, no segundo semestre de 2022. No mês de novembro ele tentou embarcar em um avião na cidade de Orlando, nos EUA, mas precisou deixar o aeroporto às pressas após perceber que estava sendo monitorado. Doval deixou os seus pertences no local e não foi mais localizado. Segundo o delegado Gabriel Borges, ele montou um plano para entrar no Brasil sem ser visto.

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Alguns dias antes de ser pego pela polícia, ele havia deixado a Flórida a bordo de um iate que deixou os EUA com direção ao Brasil, passando pelo Caribe e Bahamas. A embarcação foi abandonada na costa da Guiana quando Doval percebeu a movimentação de policiais do país indo em sua direção. O foragido conseguiu efetuar um escape e seguiu rumo à Venezuela. Lá, entrou no Brasil pela fronteira de Roraima, escondido em uma van de refugiados. De volta ao território nacional, seguiu para Campinas e, depois, para o Rio de Janeiro, seu destino final.