"Se quisesse falar, já tinha falado": Internautas começam a duvidar de suposto ex-PCC

Frank Willians de Paula Souza e Marques, de 31 anos, vem ganhando cada vez mais fama. Nas redes sociais, ele se apresentou como ex-integrante da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), um dos maiores grupos criminosos do país. 

O homem, no entanto, possui uma ficha criminal curta, com pouco tempo de cadeia e até mesmo um processo trabalhista. Na segunda-feira (16), ele criou um perfil no Instagram prometendo "jogar no ventilador" tudo o que ele sabia sobre a facção. As revelações, contudo, só ficaram na promessa. O suposto ex-traficante ainda não deu qualquer informação sobre o grupo criminoso.

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Nos últimos três dias, Frank acumulou 440 mil seguidores que esperam o rapaz 'soltar o verbo'. Ele já prometeu até mesmo revelar nomes de políticos supostamente ligados ao PCC, como senadores, vereadoes e prefeitos, mas, até o momento, o homem nada fez.

Diante da demora para fazer qualquer revelação, os seguidores que acompanham Frank passaram a duvidar do rapaz. "Por que você não fala? Só fica falando que vai falar kkk", ironiza uma das internautas.

Outro seguidor chama Frank de "sensacionalista" e diz que o rapaz quer apenas "repercussão". "Fala que vai falar e não fala nada […] daqui a pouco ele lança [mais] uma vaquinha online pra arrecadar dinheiro", afirma.

Frank realizou uma vaquinha online de R$ 10 mil, que, segundo ele, seria para fugir do Brasil e evitar ser morto pelo PCC, do qual estaria jurado de morte. Ele chegou a arrecadar R$ 8 mil, mas a campanha foi bloqueada após denúncias.

Segundo o Metrópoles, Frank não possui apelido como criminoso registrado no sistema da polícia, algo que é comum entre integrantes de facção. Ele também afirma ter sido preso várias vezes, contudo, o rapaz esteve atrás das grades apenas uma vez por roubo qualificado, ficando preso por 12 dias, entre dezembro de 2013 e janeiro de 2014.

Ainda conforme o site, ele já foi processado por ameaça contra uma mulher, em 2006, e atualmente responde a processo por estelionato. Quando adolescente, foi apreendido por tráfico de drogas.

A ficha criminal é curta para um homem que afirma ter ocupado o cargo de "sintonia" no PCC, considerado alto na hierarquia do crime.