Política

Deu a louca no PTN. Partido entra em choque com ACM Neto

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Ordem do partido é tensionar o Palácio Thomé de Souza até o prefeito ceder   |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 14/11/2014, às 09h20   Cíntia Kelly (Twitter: @cintiakelly_)


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Acordos feitos deveriam ser cumpridos. Certo? Mas nem sempre é assim. Há dois anos, quando da eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Salvador, foi feito um trato entre Paulo Câmara (PSDB) e Carlos Muniz (PTN).

O tucano assumiria a presidência pelo biênio 2013/2014, Muniz os dois anos seguintes. No acordo formatado para a presidência do Legislativo da capital baiana, Câmara teria cumprido o trato. Muniz, segundo informações, não. Daí o tucano, aliado de ACM Neto de primeira hora, pleitear a sua reeleição. Atitude que não encontrou acolhida no PTN.

Aliado a isso, o presidente estadual da legenda, João Carlos Bacelar, não teria gostado de ter sido preterido pelo prefeito ACM Neto (DEM) durante a disputa pela Câmara Federal. Neto fez corpo mole na tentativa de elegê-lo deputado federal.

Como revide, a ordem no PTN é atrapalhar a vida de Neto e seus aliados. O partido que há tempos vem sendo uma espécie de sigla satélite do DEM ensaiou se unir ao PT na Assembleia Legislativa para apoiar a candidatura de Rosemberg Pinto à presidência da Casa.

Na Câmara, já que fica difícil a eleição de Muniz, a ordem é derrubar a recém-criada Comissão Especial para Acompanhamento e Discussão dos Assuntos Referentes ao Plano Diretor Urbano (PDDU) e da Lei de Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo (Louos). 

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Kiki Bispo (PTN), da tropa de choque de Carlos Muniz, entrou com requerimento para suspender a criação do colegiado. Argumentou que foi à revelia dos líderes partidários. Aliados do prefeito teriam plantado notas em jornais para criticar a atuação de Kiki à frente da CCJ.

Para o prefeito ACM Neto, que quer desenrolar a pendenga que se tornou PDDU e Louos, a comissão é imprescindível. E com essa importância, inclusive para a reeleição do demista, o PTN vai apertando o cerco até que Neto abra a guarda. A dois anos da eleição municipal, não será difícil o prefeito ceder aos caprichos do guloso
 Partido Trabalhista Nacional, que já teve a Secretaria de Educação e hoje não dispõe de uma pasta que lhe dê visibilidade.

Nota originalmente postada dia 13

Classificação Indicativa: Livre

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