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Lava Jato: 'Não posso me responsabilizar', diz Negromonte sobre irmão

Imagem Lava Jato: 'Não posso me responsabilizar', diz Negromonte sobre irmão
Ex-ministro diz que Adarico deve se apresentar à PF  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 16/11/2014, às 06h27   Emerson Nunes (Twitter: @emenunes)



O conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios, Mário Negromonte (PP) afirmou que ainda não falou com o irmão, Adarico Negromonte Filho, um dos procurados pela Polícia Federal na Operação Lava Jato. "Falei com o filho dele e ele me disse que está conversando com os advogados do pai para saber do que trata o mandado. Eles estão prendendo as pessoas em função de delações premiadas. Com delação premiada so cara vai ficar preso cem anos ele entrega até a mãe", disse o ex-ministro das Cidades em entrevista ao Bocão News.

O Ministério Público Federal e a Polícia Federal investigam Adarico como um dos responsáveis por transportar dinheiro para o doleiro Alberto Youssef.

Meire Poza, ex-contadora do doleiro Youssef, afirmou durante depoimento na CPI da Petrobras, que Adarico entregou diretamente ao governo do Maranhão R$ 300 mil, que seriam parte da propina. Um assessor chegou a reclamar com Adarico informando que o valor era pouco e que teria que consultar a governadora Roseana Sarney.

Negromonte disse ter sido informado que o irmão está no Brasil e deve se apresentar em breve à polícia e contribuir com as investigações. “Eu não tenho conhecimento de nada, mas até onde eu sei ele disse que não sabe o motivo. Há alguns meses nós conversamos e ele me disse que nunca foi chamado para falar sobre nada”, explicou.

Para o pepista, o fato de ele ter ocupado o ministério das Cidades nos primeiros anos do governo Dilma Rousseff (PT) pode ter chamado a atenção. "Eu tenho onze irmãos e não posso ser responsabilizado pelas benfeitorias ou malfeitorias de cada um deles. Meu irmão tem 70 anos e o filho dele me disse que ele não sabe de nada. Se fosse outra pessoa não teria tudo isso, mas como sou ex-ministro a coisa tomou outras proporções”, explicou.


Nota originalmente publicada às 21h07 do dia 15/11

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