Política

Gabrielli diz que Conselho da Petrobras só acionará MPF se confirmado prejuízo

Publicado em 19/11/2014, às 06h16   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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O ex-presidente da Petrobras e atual secretário de Planejamento do governo da Bahia, José Sergio Gabrielli, afirmou nesta terça-feira (18) que o Conselho de Administração da petrolífera brasileira decidiu aguardar o posicionamento final da Controladoria Geral da União (CGU) e do Tribunal de Contas da União (TCU) para encaminhar ao Ministério Público Federal (MPF) o pedido de abertura de inquérito de ação civil pública contra ele e mais 14 pessoas envolvidas na aquisição da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, em 2006. 

Segundo o Tribunal de Contas da União (TCU), a estatal, presidida por Gabrielli, teve um prejuízo de US$ 792,3 milhões com Pasadena, considerada um dos piores negócios já realizados pela Petrobras, que já registrou uma perda contábil de US$ 530 milhões. A aquisição da refinaria foi negociada por Cerveró, que dirigiu a Área Internacional da companhia entre 2003 e 2008, com o aval de Gabrielli, que foi substituído por Graça Foster em 2012.

"Ainda não fui comunicado formalmente pela Petrobras a respeito das conclusões da Comissão Interna em relação à minha atuação no processo de compra de Pasadena. Estou no aguardo das informações", afirma Gabrielli, em nota enviada à imprensa.

De acordo com o jornal O Globo, uma fonte que teve acesso ao conteúdo da reunião do Conselho de Administração na última sexta-feira (14) revelou que o relatório foi apresentado por Graça Fortes com uma série de atos que demonstrariam a responsabilidade dos relacionados. No entanto, a dirigente não tratou do caso específico de Gabrielli. A inclusão de um ex-presidente da Petrobras entre os responsabilizados em uma investigação interna foi vista como um sinal de que Graça está disposta a ir fundo nos processos internos de apuração.

Em meio às especulações de que poderia ser substituída no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff (PT), Graça Fortes estaria tentando mostrar que ela mesma pode restaurar a credibilidade da estatal. Outra intenção seria mostrar empenho em colaborar com as investigações abertas por órgãos reguladores do mercado de capitais no Brasil e nos Estados Unidos, já que a Petrobras tem ações negociadas na Bolsa de Valores de Nova York.



Publicada no dia 18 de novembro de 2014, às 16h26

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