Política
Publicado em 03/12/2014, às 05h47 Aparecido Silva (Twitter: @CydoSylva)
A reforma administrativa proposta pelo governador eleito Rui Costa (PT) foi recebida com surpresa pelo vice-líder da oposição da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), Carlos Gaban (DEM). “Por tudo que vinha declarando, tanto Rui como a equipe de transição, me causou surpresa porque eu esperava uma reforma mais profunda”, admitiu o democrata.
Em coletiva nessa segunda-feira (1º), Rui apresentou as mudanças que pretende implantar em seu governo, entre elas estão a eliminação de 1.694 cargos comissionados, criação de três novas secretarias como a de Infraestrutura Hídrica e Saneamento, de Desenvolvimento Rural e a pasta de Direitos Humanos e Desenvolvimento Social. Foram suprimidas a Superintendência de Construções Administrativas da Bahia, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano; a Secretaria Extraordinária da Indústria Naval e Portuária; a Secretaria de Assuntos Estratégicos e a Secretaria para Assuntos da Copa do Mundo.
A Ebal, ligada à Secretaria de Administração, será privatizada e órgãos como o Derba, a Bahiatursa e EBDA serão reformulados.
“A Bahia é o estado com maior número de cargos de confiança no Nordeste, no Brasil só perde para São Paulo. Deveria reduzir mais secretarias do que está reduzindo”, afirmou o parlamentar de oposição ao comentar os quase 1.700 cargos extintos.
“Agora, você veja o que é má gestão que é aquilo que venho criticando há muito tempo. Serão economizados R$ 200 milhões ao ano. Coloque isso nos oito anos de governo de Jaques Wagner (PT) e daria mais de R$ 1,6 bilhão de economia. Quantas escolas poderiam construídas, investidos em saúde e segurança”, criticou.
Outro ponto que não foi bem visto pelo deputado oposicionista foi a privatização da Ebal. “A Ebal foi concebida por ACM para estabilizar os preços da cesta básica e regular os preços e evitar que os supermercados aumentassem os preços. Quando a Ebal foi idealizada foi com essa finalidade. Se fosse bem administrada, não vendendo mais bebida alcoolica do que itens da cesta básica, seria útil”, argumentou Gaban.
Segundo o democrata, a reformulação que ocorrerá com a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA) (será vinculada à secretaria da área) representará o fim da “assistência aos pequenos produtores do interior”. “Isso é tirar mais oportunidades da população do interior”, acredita.
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