Política
Publicado em 03/12/2014, às 20h19 David Mendes (Twitter: @__davidmendes)
A ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e candidata derrotada ao Senado, Eliana Calmon (Rede), utilizou as redes sociais nesta quarta-feira (3) para condenar a aprovação na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) da Proposta de Emenda à Constituição 141/14 que criou a aposentadoria vitalícia para ex-governadores baianos.
Apesar da PEC ter sido de autoria do deputado Adolfo Menezes (PSD), Eliana acusa o atual presidente da Casa Marcelo Nilo (PDT), que tenta o quinto mandato ininterrupto, como o responsável pelo que considera “um horror, uma imoralidade, uma falta de pudor e sobretudo, de uma inoportunidade absoluta”.
“A imoral Emenda Constitucional foi patrocinada pelo Presidente da Assembleia Legislativa, o Deputado Estadual Marcelo Nilo, fiel escudeiro do Governador da Bahia, devidamente recompensado pela perpetuação na presidência da Casa Legislativa (oito anos, com a sinalização de continuidade na próxima legislatura)”, disparou a ex-presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Além de Nilo, apesar de César Borges, Paulo Souto e João Durval também serem contemplados, Eliana fez duras críticas ao líder baiano petista, que deixa o cargo no próximo dia 31 de dezembro.
“Se o beneficiado com a malfadada PEC fosse um político qualquer, era o caso de nos admirarmos pela desfaçatez. Mas quando encontramos como diretamente contemplado, alguém que se coloca perante a nação como o homem de confiança da Presidente da República, cogitado para ocupar um cargo no primeiro escalão do próximo Governo Federal, esse caso assusta ainda mais e causa repúdio”, criticou.
Para Eliana, a Alba ignorou a voz das ruas que pediu rejeição à proposta. “A PEC mereceu críticas veementes e o Legislativo, ou melhor, a Casa do Povo colocou-se de costas para os eleitores que ingenuamente acreditaram haver ética na política, o velho jargão do PT”, afirmou.
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