Política

Ebal: líder do governo garante ‘saídas dialogadas’. Oposição rebate

Publicado em 08/12/2014, às 06h56   Juliana Nobre (Twitter: @julianafrnobre)


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O projeto da reforma administrativa para o próximo governo do estado será votado nesta terça-feira (9), na Assembleia Legislativa da Bahia, em dois turnos. Com a maior bancada na Casa, os governistas não terão dificuldades para passar a matéria, mas a preocupação dos servidores públicos dos órgãos extintos continua acesa. De acordo com o líder do governo, José Neto (PT), haverás traumas, mas o Executivo encontrará ‘saídas dialogadas’.

O governista Euclides Fernandes (PDT) apresentou uma emenda ao projeto 21.007/2014 para respaldar os concursados. Propôs que sejam transferidos, provisoriamente, para a Secretaria de Administração. Já oposicionista Paulo Azi (DEM) sugere a realização de uma audiência pública para debater o projeto. A falta de diálogo é a reclamação dos opositores.

“É um processo feito com assodamento do governo. Mandaram o projeto, aprovaram requerimento e já será votado na terça. São quatro dias úteis para votação sem que haja uma avaliação criteriosa do projeto”, disse Azi ao Bocão News neste domingo (7).

Para ele, a atitude do governo é para evitar o conhecimento da matéria tornando indefinida a situação dos servidores. “O governo silencia por completo. O único caminho que ele [Rui Costa] deu é a demissão. Alguns casos são regidos pela CLT e esses são os mais complicados. Rui já recebe uma herança maldita de Jaques Wagner”, provoca.

Em relação à redução de 1.694 cargos comissionados - que na realidade serão 400 contando pela diferença entre os cargos extintos e criados -, Azi aponta que são números superficiais. “Nós apuramos que foram extintos os cargos de baixo salário e criados os com maior remuneração. É superficial e o governador já começa mal”, explica.

Às escuras

O governo se defende. Segundo Zé Neto a reforma é fruto de um processo de vivência, já identificada no governo Wagner e feita agora na mudança de governador. O petista admitiu que não há tempo para debate, mas justificou pelas normas eleitorais. “Esse é o tempo que temos entre o fim das eleições e o início do novo governo. Temos pouco tempo para ajustar, mas tudo será dialogado”, reforça.

O líder ainda questionou as argumentações do demista. “Falavam que tínhamos que diminuir secretarias e cargos e quando fazemos vem falando isso. Precisa-se fazer um debate menos político e mais governo, até porque nos próximos dias o prefeito dele [ACM Neto] também mandará a reforma administrativa para votação e vamos ver os cortes”, disse.

A situação dos servidores da Ebal, bem como da EBDA e Bahiatursa, não foi esclarecida pelo líder. Neto afirma que o debate está aberto e que o governo encontrará ‘saídas dialogadas’, como firmar contrato com uma empresa que se comprometa em absorver os funcionários. “Vamos fazer ao máximo para que na venda haja condições de absorver os trabalhadores em regime CLT. Os concursados não precisam se preocupar. Os que tiverem seus direitos garantidos constitucionalmente serão absorvidos pela nova administração”, garante.

Já Azi acredita que nenhuma empresa privada fará esse tipo de acordo, dado que os empresários irão contratar funcionários com menores salários.

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Publicada no dia 7 de dezembro de 2014, às 12h01

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