Política

Oposição pretende obstruir votação da reforma administrativa na Alba

Publicado em 10/12/2014, às 09h15   Aparecido Silva (Twitter: @CydoSylva)


FacebookTwitterWhatsApp

A reforma administrativa proposta pelo governador eleito Rui Costa (PT) enfrenta dificuldade na Assembleia Legislativa da Bahia para ser votada. Nessa terça-feira (9), houve uma tentativa de apreciar o projeto, mas a sessão foi derrubada por falta de quórum. A previsão, segundo o líder governista Zé Neto (PT), é que a proposta seja votada nessa quarta-feira (10), mas a oposição não pretende facilitar o processo.

“A bancada está toda mobilizada desde ontem e conseguimos derrubar. Todo mundo estará presente hoje e a ideia é obstruir e sensibilizar e o governo a dar uma solução para as quase três mil pessoas que serão desempregadas com a privatização da Empresa Baiana de Alimentos (Ebal)”, defende Carlos Gaban (DEM), vice-líder da oposição.

Para Zé Neto, o ponto em questão está claro no projeto. “Não se trata apenas de uma privatização. Na própria lei tem a previsão de criação de uma comissão para que a mudança seja discutida com todos os elementos sociais”, explica o petista.

Como disse anteriormente ao Bocão News, Gaban não vê com bons olhos as alterações propostas na reforma. “É uma reforma de brincadeira. As secretarias extraordinárias que foram extintas [Portuária e a de Assuntos Estratégicos] foram criadas no governo de Antônio Carlos Magalhães [ACM] para funcionar em caráter de emergência. A outra é a Secopa [Secretaria Especial de Assuntos para a Copa], que no ato de criação já estava prevista a extinção em dezembro desse ano. Então, não é uma reforma”, afirma o parlamentar democrata. “Quando Wagner entrou tinha mais de oito mil cargos comissionados no governo. Na proposta orçamentária para 2015 vimos que teremos 11 mil cargos mesmo Rui tendo anunciado que cortará cerca de 1700 postos. Isso é diminuir cargos?”, questiona Gaban.

O deputado também afirmou que a Ebal e a Bahiatursa serão geridas por Organizações Não Governamentais (ONGs) e isso poderia dar espaço para “casos de desvio de dinheiro”. “Todos nós sabemos que essas ONGs não são fiscalizadas devidamente. É através delas que vemos muitos casos de desvio de dinheiro”, insiste.

“A oposição sempre vai procurar alguma coisa para reclamar, mas paciência. Nós respeitamos, mas não concordamos”, argumentou Zé Neto sobre a promessa de obstrução da votação da reforma na Alba.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp